Campus Computing Report ganha versão nacional
22/11/2005
A pesquisa "Campus Computing Report" visa avaliar a situação da Tecnologia da Informação nas Instituições de Ensino Superior, e há 14 anos é realizada anualmente nos Estados Unidos. A Escola do Futuro da USP, percebendo a necessidade e importância da pesquisa, realizou no ano de 2004 a primeira "Campus Computing Report.BR", primeira pesquisa do gênero no Brasil.
Cerca de 10% das instituições responderam ao questionário, um número aparentemente baixo. Mas se considerarmos que as instituições com os maiores números de alunos participaram da pesquisa, que essa foi a primeira vez que se aplica um questionário desse tipo no país e que tradicionalmente o brasileiro não tem costume de responder a questionários, o número de respostas foi satisfatório.Além de fazer um diagnóstico da situação brasileira, o "Campus Computing Report.br" também faz um prognóstico, servindo como indicador sobre o estado da arte da tecnologia da informação nas universidades.
Os dados da primeira versão da pesquisa mostraram que as regiões Sul e Sudeste apresentaram os melhores índices em comparação com o resto do país. Como era de se esperar, as instituições particulares apresentam maior número de máquinas em comparação com as públicas, mas estas últimas destacam-se no quesito pesquisa.
Um estudo desse tipo resulta em benefícios para as instituições, professores e alunos. O professor Fredric Litto, coordenador da pesquisa no Brasil, ressalta: "Uma instituição poderá usar o resultado para brigar com sua administração, com seu governador, com seus deputados, vai poder se comparar com outra instituição em sua região, perceber que está atrasada, que precisa de mais verbas".
Apontando os pontos fracos das instituições, a pesquisa não tem a finalidade de construir uma imagem negativa, e sim de indicar onde devem ser aplicados novos investimentos na área de tecnologia. Segundo Litto, "a pesquisa mostra onde pode ser melhor. Muito me espanta que o governo não faça isso todo ano, porque é uma coisa básica".
Fonte: O Globo / Universia Brasil