A densidade e os resultados nos polos no pós 2017 e o que esperar do Novo Marco Regulatório
13/10/2025
Uma análise da relação oferta x demanda na graduação EaD 2017-2024
Por Jair Santos Jr. (ABED) e Leonardo Labres (MercadoEdu)
Expansão acelerada após o Decreto nº 9.057/2017
O Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, impulsionou a educação a distância (EAD) ao flexibilizar a abertura de novos polos. O resultado foi um crescimento exponencial: entre 2016 e 2024, o número de cidades com oferta de graduação privada saltou de 1.258 para 3.393, elevando a cobertura territorial de 22,58% para 60,91%.
Se o avanço geográfico foi expressivo – com o número de cidades atendidas quase triplicando –, a expansão de polos foi ainda mais vertiginosa. Em apenas sete anos, os polos ativos saltaram de 3.867 (2016) para 27.942 (2023). Paralelamente, às instituições autorizadas a ofertar EaD mais que triplicaram.
Falando da expansão da EaD, no período citado, não há como não relacionar com a pandemia de Covid-19, que restringiu a circulação e aglomeração de pessoas nos anos de 2020 e 2021. Contudo, ao contrário do que eventualmente se supõe, a expansão da oferta de cursos a distância não sofreu a variação mais significativa nestes anos de emergência sanitária. Embora o evento tenha impactado diretamente no ingresso de novos alunos, a análise da evolução do número de polos mostra que os maiores crescimentos ocorreram entre 2017 e 2019, impulsionados principalmente pelo decreto 9.057 que regulamentou a modalidade. Ou seja, se a pandemia ajudou a popularizar a EaD e atrair mais estudantes, o processo de expansão da oferta já estava em andamento – e de forma mais acentuada nos anos anteriores. Os gráficos abaixo comparam as variações dessas duas métricas.


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