Ensino à distância no curso de enfermagem, que deve ser proibido pelo MEC, concentra público que o PT tenta atrair.
02/05/2025Por Bruno Alfano - Rio de Janeiro

Num momento em que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca retomar a popularidade, a proibição do curso de Enfermagem à distância impacta um eleitorado que é caro ao petista: trabalhadores com renda de até três salários mínimos. Esse é o perfil de quem faz a graduação na modalidade on-line, que passou de 4% das matrículas em 2017 para 40% em 2023 — quase 200 mil pessoas. O modelo deve ser vetado pelo Ministério da Educação por nem sempre garantir o mínimo de atividades práticas, especialmente em atendimentos de média e alta complexidade, na avaliação de especialistas.
- O que vemos é uma fraude generalizada nos estágios e falta de aulas práticas — critica Manoel Neri, presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
O questionário socioeconômico do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) de 2023 mostrou que a renda de até três salários mínimos é comum entre a maioria dos estudantes de Enfermagem em instituições privadas, seja em cursos presenciais ou on-line. Mas o grupo de alunos que estudam à distância se caracteriza pela idade acima de 35 anos e ter de trabalhar, tanto por necessidade própria como para ajudar ou sustentar também suas famílias. Com esta condição, é provável que não possam estudar, caso precisem estar nas salas de aula todos os dias.
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