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Resposta ABED ao editorial publicado no Estadão em 20/08/2019

06/05/2019


É imprescindível distinguir entre a educação a distância (EAD) como modalidade no ensino superior e a maneira como está sendo implantada no Brasil nos últimos 20 anos. Se fosse ineficaz, como alega o editorial ("Distante da boa educação", 20/8/19), não faria parte, hoje, das atividades de ensino de instituições de excelência como MIT, Harvard, Oxford e Cambridge (tendo sido iniciada em 1858, na Universidade de Londres, com cursos por correspondência). Considerando seu potencial de incluir na comunicação digital ricas soluções de aprendizagem (para inúmeras matérias), como realidade virtual, simulações 3D, interatividade com sites baseados na inteligência artificial e intercâmbio de ideias com colegas (não importando as distâncias) - tudo organizado por equipes profissionais -, a EAD oferece incontestável superioridade  ao professor sozinho na sala de aula presencial, fato inadmissível por parte de defensores de uma visão antiquada do magistério. Não há dúvida quanto à necessidade das experiências presencial e prática na formação de futuros professores, bem como de profissionais de saúde. Mas, se insistirmos em ser uma nação que exclui da prioridade do estudo jovens em desvantagem socioeconômica, permitindo que faculdades de educação enfatizem a teoria acima da prática e marginalizem novas tecnologias de comunicação, assim como temos paciência excessiva com órgãos governamentais, que só agora estão eliminando os aspectos de tutelagem com relação ao ensino, testemunharemos o doloroso desequilíbrio entre sucessos e fracassos.

Fredric Michael Litto
Professor emérito da USP e presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância-ABED



Em resposta ao editorial publicado no Estadão: https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,distante-da-boa-educacao,70002974284
Editorial em PDF: https://www.abed.org.br/arquivos/Distante_da_boa_educacao_estadao_20ago19.pdf

 
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