EaD na formação de portadores de necessidades especiais
16/02/2007
Para grande parte deles, sem essa modalidade educacional, seria muito difícil a capacitação e inserção no mercado de trabalho. A concorrência por uma vaga no mercado de trabalho é cada vez mais disputada. Mesmo profissionais experientes e capacitados encontram dificuldades no momento de uma recolocação. Para aqueles que, além da disputa com outros concorrentes, são portadores de necessidades especiais, podem-se considerar dificuldades significativamente maiores.
Para conquistar a confiança dos responsáveis por uma contratação, um portador de necessidades especiais precisa demonstrar muito mais preparo para a função do que os demais concorrentes, pois, caso contrário, dificilmente será o escolhido. O estudante Fernando Luis Becasse, 26 anos, é um caso típico de pessoas que esbarram nas dificuldades expostas. "Tive paralisia cerebral ao nascer; em conseqüência disso, tive atrofia nos nervos das pernas e perda de coordenação motora parcial. Tenho dificuldades para andar sozinho, consigo andar me apoiando em paredes e objetos; por isso é muito complicado pegar um trem, táxi ou ônibus sozinho", afirma.
Devido à sua dificuldade de locomoção, Becasse optou por realizar cursos a distância que aumentem sua capacitação profissional e ampliem as oportunidades de trabalho. "Procurei por uma instituição conceituada, que tivesse seus certificados reconhecidos pelo MEC e válidos para faculdade. Já conclui cinco cursos a distância: Motivação Pessoal, Matemática Básica, Matemática Financeira, Redação Técnica e Informática Básica. Atualmente, faço, simultaneamente: Práticas Administrativas, Marketing, Empreendedorismo, Gestão Financeira, Direção e Administração de Empresas e Técnico em Informática," declara Becasse.
O aluno revela que só há necessidade de comparecer à escola para a realização das provas. Todo o restante do curso pode ser executado em casa. "Os professores sempre sanam nossas dúvidas de maneira objetiva, sendo via telefone ou e-mail, fazendo com que tenhamos os esclarecimentos necessários para entender a matéria e poder ter um desempenho muito bom perante a sociedade e dentro de uma empresa".
Apesar de todos os cursos realizados, Becasse ainda não conseguiu uma oportunidade profissional. "Não pude utilizar o que aprendi profissionalmente, pois ainda não consegui um emprego, porém, freqüentemente, encaminho currículos para várias empresas em busca do meu espaço para trabalhar", finaliza.
Contudo, mesmo diante das dificuldades apresentadas, é importante que portadores de necessidades especiais mantenham a persistência, já que há lei que as beneficiam. "As empresas que possuem mais de 100 funcionários registrados são obrigadas, por lei, a destinarem 2% de suas vagas a pessoas portadoras de necessidades especiais", revela Eduardo Alves, Diretor de Relações com o Mercado do Instituto Monitor, entidade pioneira em EaD no país, com mais de 5 milhões de alunos matriculados em 67 anos de existência.
Fonte: Comunique-se