TEXTOS EAD (Os textos publicados nesta sessão são de responsabilidade dos autores)
A Pandemia vai passar, mas às TDICs estarão cada vez mais na educação superior no Mundo!21/02/2022
Passamos os últimos dois anos mantendo a formação de milhões de jovens adultos brasileiros no ensino superior através do uso de tecnologias digitais de informação e comunicação as chamadas TDICs.
Com exceção de algumas universidades públicas o ensino superior no período agudo da pandemia (2020 & 2021) foi levado pelos docentes aos nossos estudantes através de aulas remotas; disciplinas on-line e práticas presenciais com distanciamento social principalmente em 2021.
Com o recém divulgado Censo do ensino superior de 2020, divulgado somente agora pelo INEP, pela primeira vez, registrasse a quantidade de ingressantes da modalidade EAD superior aos Ingressantes da modalidade presencial.
Se analisarmos de forma mais profunda não necessariamente esse resultado tem a ver com a pandemia, embora a covid tenha influência nesses números principalmente em relação ao segundo semestre de 2020. Na verdade, esse número expressivo de ingressantes na modalidade EAD é reflexo do fim do FIES e da falta de outro instrumento público de financiamento estudantil para jovens adultos de baixa renda pudessem ingressar na modalidade presencial, que tem um ticket médio de 4 a 6 vezes maior que os mesmos cursos na modalidade EAD.
Acredito que ao invés de discutirmos modalidades a comunidade acadêmica e gestores educacionais deveriam promover um debate sobre currículo e Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). Precisamos de cursos de graduação com mais práticas e menos aulas. Desenvolvimento de currículo por competências, ambientes de práticas profissionais a partir do primeiro semestre e aumentar o uso de TDICs para ministrar disciplinas teóricas. Tudo isso com tempo de integralização reduzido
Podemos formar um administrador em 2 ou 3 anos; um engenheiro em 3 ou 4 e assim por diante como ocorre hoje nos EUA e na Europa. Podendo ter um ano adicional de carga teórica/pesquisa para qualificação de estudantes que tenham interesse na área de pesquisa para fazer pós-graduação stricto sensu.
Se continuarmos nessa discussão sobre modalidade quando as maiores universidades do mundo estão implementando o ensino híbrido com currículos por competência, estimulo as praticas e experimentação no mercado de trabalho estaremos condenando os nossos jovens adultos a mais algumas décadas de atraso e vamos acabar importando mão de obra qualificada da Ásia e da Oceania, criando mais desigualdade social.
Por fim não é o EAD ou uso de tecnologias para aula remota que estão prejudicando a formação superior no Brasil. Nosso problema é o desnível na formação básica de estudantes em diferentes classes sociais. Nas classes sociais mais abastadas que tem acesso a uma educação privada moderna e com alto uso de TDICs não existe problema de modalidade. Porém, 80% dos jovens estudantes brasileiros frequentam uma escola pública, importantes instrumento social de complemento alimentar, mas reproduz uma formação fraca, através de um corpo docente com baixo conhecimento de letramento digital e formação presencial insipiente.
Passamos as últimas duas décadas discutindo uso de biblioteca digital; percentual de EAD no presencial e ou aplicação de EAD na área da saúde. Enquanto isso Europa, EUA e Ásia implementaram TDICs em todas as áreas da educação superior e na educação básica incluindo o ensino médio. Se continuarmos nesse pensamento retrogrado vamos mais uma vez perder o bonde da história na educação no Brasil.
Prof. Dr. Carlos Longo
Vice Presidente ABED
crjlongo@gmail.com
Passamos os últimos dois anos mantendo a formação de milhões de jovens adultos brasileiros no ensino superior através do uso de tecnologias digitais de informação e comunicação as chamadas TDICs.
Com exceção de algumas universidades públicas o ensino superior no período agudo da pandemia (2020 & 2021) foi levado pelos docentes aos nossos estudantes através de aulas remotas; disciplinas on-line e práticas presenciais com distanciamento social principalmente em 2021.
Com o recém divulgado Censo do ensino superior de 2020, divulgado somente agora pelo INEP, pela primeira vez, registrasse a quantidade de ingressantes da modalidade EAD superior aos Ingressantes da modalidade presencial.
Se analisarmos de forma mais profunda não necessariamente esse resultado tem a ver com a pandemia, embora a covid tenha influência nesses números principalmente em relação ao segundo semestre de 2020. Na verdade, esse número expressivo de ingressantes na modalidade EAD é reflexo do fim do FIES e da falta de outro instrumento público de financiamento estudantil para jovens adultos de baixa renda pudessem ingressar na modalidade presencial, que tem um ticket médio de 4 a 6 vezes maior que os mesmos cursos na modalidade EAD.
Acredito que ao invés de discutirmos modalidades a comunidade acadêmica e gestores educacionais deveriam promover um debate sobre currículo e Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). Precisamos de cursos de graduação com mais práticas e menos aulas. Desenvolvimento de currículo por competências, ambientes de práticas profissionais a partir do primeiro semestre e aumentar o uso de TDICs para ministrar disciplinas teóricas. Tudo isso com tempo de integralização reduzido
Podemos formar um administrador em 2 ou 3 anos; um engenheiro em 3 ou 4 e assim por diante como ocorre hoje nos EUA e na Europa. Podendo ter um ano adicional de carga teórica/pesquisa para qualificação de estudantes que tenham interesse na área de pesquisa para fazer pós-graduação stricto sensu.
Se continuarmos nessa discussão sobre modalidade quando as maiores universidades do mundo estão implementando o ensino híbrido com currículos por competência, estimulo as praticas e experimentação no mercado de trabalho estaremos condenando os nossos jovens adultos a mais algumas décadas de atraso e vamos acabar importando mão de obra qualificada da Ásia e da Oceania, criando mais desigualdade social.
Por fim não é o EAD ou uso de tecnologias para aula remota que estão prejudicando a formação superior no Brasil. Nosso problema é o desnível na formação básica de estudantes em diferentes classes sociais. Nas classes sociais mais abastadas que tem acesso a uma educação privada moderna e com alto uso de TDICs não existe problema de modalidade. Porém, 80% dos jovens estudantes brasileiros frequentam uma escola pública, importantes instrumento social de complemento alimentar, mas reproduz uma formação fraca, através de um corpo docente com baixo conhecimento de letramento digital e formação presencial insipiente.
Passamos as últimas duas décadas discutindo uso de biblioteca digital; percentual de EAD no presencial e ou aplicação de EAD na área da saúde. Enquanto isso Europa, EUA e Ásia implementaram TDICs em todas as áreas da educação superior e na educação básica incluindo o ensino médio. Se continuarmos nesse pensamento retrogrado vamos mais uma vez perder o bonde da história na educação no Brasil.
Prof. Dr. Carlos Longo
Vice Presidente ABED
crjlongo@gmail.com
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