TCB2 008 - A DIVERSIDADE CULTURAL
EM ESPAÇOS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
DAS POSSIBILIDADES DE INTERATIVIDADE
Marlene Zwierewicz
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC; marlenezwie@yahoo.com.br
Neide de Oliveira Motta
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC;neidemotta@pop.com.br
TC-B2 - 2º Seminário Nacional de Educação
a Distância
Resumo -
Os avanços tecnológicos, registrados principalmente
nessas últimas décadas, contribuem para o surgimento
de novas formas de relacionamento que, na área educacional,
podem instigar o redimensionamento de estratégias metodológicas,
bem como contribuir para um processo de inclusão e de respeito
à diversidade cultural. A pretensão de construir, para
a educação a distância, uma proposta contextualizada
e inclusiva está condicionada ao desenvolvimento de práticas
que considerem as diferenças e promovam possibilidades permanentes
de interação para que os alunos possam intervir continuamente
no material on-line, discutindo as expectativas e as necessidades
e, acima de tudo, construindo o conhecimento através da integração
das diferentes culturas.A partir dessa perspectiva, propomo-nos, neste
artigo, a empreender uma reflexão sobre as possibilidades de
efetivar uma aprendizagem interativa com diferentes recursos virtuais
de aprendizagem, bem como nos dispomos a estruturar um plano de avaliação
cujo objetivo seja analisar as possibilidades de intervenção
que esses recursos oferecem, independente da cultura na qual se insira
o aluno.
Palavras-chave: educação
a distância, interatividade, diversidade cultural, inclusão.
Introdução
Os avanços tecnológicos registrados principalmente nessas
últimas décadas, os quais têm permitido a entrada
e a navegação na rede e a disseminação
da cibercultura, contribuem para o surgimento de novas formas de relacionamento
que superam dimensões espaciais e temporais, em um processo
jamais visto anteriormente.
Na área educacional, mais especificamente na modalidade a distância,
os atuais meios tecnológicos vêm se tornando cada vez
mais imprescindíveis para superar a aprendizagem solitária,
isolada e individualizada, podendo oportunizar novas formas de ensinar
e aprender, bem como podendo contribuir para um processo de inclusão
e de respeito à diversidade cultural, através de estratégias
interativas que permitam a expressão individual e a mediação
da aprendizagem.
Neste artigo, propomo-nos a realizar uma reflexão sobre as
possibilidades de efetivar uma aprendizagem interativa com diferentes
recursos oferecidos nas plataformas de instituições
de educação a distância, bem como nos dispomos
a estruturar um plano de avaliação, cujo objetivo é
analisar as possibilidades de intervenção que tais plataformas
oferecem aos estudantes, independente da cultura da qual derivem.
1 A interatividade na diversidade cultural
Nos dias de hoje, mais do que nunca, os estudos culturais vêm
apontando a necessidade de incluir na pauta das discussões
educativas as questões das diferenças culturais. A antiga
concepção de nação vista como homogênea
– uma só língua, uma só cultura, uma só
história, uma só raça - vem gradativamente deixando
de fazer sentido. A percepção de que as diferenças
culturais estão contidas na sociedade pós-moderna e
que cidadania deixa de ser uma identidade geral, faz emergir uma individualidade
que se estabelece na medida em que ocorre a integração
do homem com o mundo, com outras pessoas e com outras formas de vida.
Silva (2001) registra que as transformações culturais
estão pautadas em dois traços de ruptura: o primeiro
rompimento fica por conta do paradigma estabelecido na visão
de que a história foi concebida linearmente e que, mais recentemente,
vem sendo percebida como resultado da produção humana.
O outro paradigma passa da homogeneização e unicidade
– a procura da identidade permanente e estável –
para a multiplicação das diferenças.
Esse olhar atual sobre a diferença, resultante da integração
mundial das economias, dos avanços tecnológicos que
proporcionam a comunicação de massas e de políticas
governamentais, estimula que sejam desenvolvidas propostas que enfatizem
a valorização do homem, a conquista da autonomia, o
diálogo, a parceria e a solidariedade coletiva.
Dentro desse contexto, o sistema educacional brasileiro tem, de certa
forma, a responsabilidade de dar respostas aos problemas ainda presentes
na organização curricular das escolas, os quais são
gerados por preconceitos alimentados pelos diferentes segmentos que
compõem o entorno. Para tanto, precisa, necessariamente, oportunizar
espaços para a descoberta e a valorização das
diferentes histórias, linguagens e hábitos. Esse desafio
coloca os educadores da modalidade a distância diante da complexa
tarefa de ensinar e aprender interativamente em espaços virtuais
de aprendizagem.
A pretensão de construir, para a educação a distância,
uma proposta contextualizada e inclusiva está condicionada
ao desenvolvimento de práticas que considerem as diferenças
e promovam possibilidades permanentes de interação para
que os alunos possam intervir continuamente no material on-line, discutindo
as expectativas e as necessidades e, acima de tudo, construindo o
conhecimento através da integração das diferentes
culturas.
Nessa perspectiva, o espaço virtual deve ser uma instância
em que as pessoas possam compartilhar saberes e expressar diferenças
e contradições, um espaço de aprendizagem colaborativa,
no qual professores e alunos tenham autonomia para refletir e perceber
que o conhecimento historicamente sistematizado pode ser concebido
como resultado da participação dos sujeitos que, no
decorrer dos tempos, construíram e constroem a história
e que, a partir disso, é possível desconstruir e reconstruir
a realidade atual e futura. Para tanto, faz-se necessária uma
proposta pedagógica que trabalhe explicitamente com a idéia
de reelaboração, por parte do indivíduo, dos
significados que são disponibilizados pelo grupo cultural.
Medina (s.d.) registra que a interatividade se torna realidade em
uma situação indagadora, colaborativa e de abertura
a cada uma das pessoas e grupos que formam a comunidade educativa,
sendo um processo participativo, que se realiza como espaço
comunicativo em que se atualizam conteúdos em função
dos problemas do entorno e em conformidade com as culturas emergentes
de cada contexto.
Assim, as estratégias interativas nos espaços virtuais
de aprendizagem consolidam, através da participação,
um processo em que a convivência das diferenças forma
um movimento baseado na socialização do conhecimento
e na solidariedade praticada pelo intercâmbio do grupo conectado.
Nessa direção, tais estratégias se constituem
numa alternativa para a homogeneidade da conduta cultural, que, segundo
Moreira (2002), é cada vez maior entre os nossos jovens devido
à influência dos meios de comunicação,
os quais, independentemente de variantes geográficas, históricas
e sociais, universalizam estereótipos culturais.
2 O planejamento para a inclusão cultural
Uma das condições essenciais para a implantação
de um programa de educação on-line, além da organização
de fontes de conhecimento e da formação prévia
dos alunos, é a disponibilização de recursos
que possibilitem a participação ativa de alunos e educadores
de modo que possam compartilhar em rede suas manifestações
culturais.
Os canais de chat, tira-dúvidas, fórum, agenda, correio
eletrônico via e-mail, entre outras, são hoje recursos
concretos, possíveis de serem utilizados na modalidade a distância.
Entretanto, podemos, através deles, acentuar a exclusão
quando não oportunizamos o acesso, quando não observamos
a diversidade de nossos alunos e quando não efetivamos estratégias
para inclusão daqueles que não dominam as competências
e as habilidades para navegar com facilidade ou, então, quando
não proporcionamos condições para que todos os
alunos se transformem em usuários hábeis e, através
da interatividade, superem limitações e obstáculos.
A instituição interessada em desenvolver programas de
educação a distância deve impreterivelmente considerar,
entre outras condições, a necessidade de disponibilizar
uma estrutura adequada aos novos espaços de formação,
entre os quais a criação de laboratórios para
uso livre e monitorado de todos os alunos. Além das condições
básicas, os educadores e a equipe técnica envolvida
no processo, devem necessariamente concentrar esforços para
que, nos recursos utilizados, os alunos possam interagir permanentemente
com o objetivo de trocar experiências, investigar, sanar dúvidas,
romper limitações e colaborar, valendo-se efetivamente
da mediação tecnológica como instrumento para
tal.
É nessa perspectiva que elencamos, a seguir, alguns recursos
de aprendizagem on-line e, refletindo sobre a sua utilização,
apontamos aspectos essenciais para a possibilidade de estarmos utilizando-nos
dos mesmos em benefício da inclusão cultural.
2.1 O canal de chat
O chat, um dos recursos de comunicação
síncrona, desenvolve nos usuários-estudantes novas competências
cognitivas resultantes de uma aprendizagem incomum para a história
da educação presencial, instrumentalizando o aluno de
modo que aprenda sob a intervenção do outro, sob a intervenção
de culturas que podem ser distintas, desconhecidas, mas que, ao mesmo
tempo, podem ser instigadoras e que estimulem a busca de mais informações
e de mais intervenções.
Diante disso, a posição centralizadora do professor
deve ser substituída pela colaboração mútua
entre todos os participantes, passando a ser ele o mediador que questiona
os aspectos mais relevantes e estimula a participação
de todos.
Como essa forma de construir o conhecimento em espaços virtuais
pode não ser familiar para parte dos alunos, é fundamental
que aconteçam dinâmicas de entrosamento e participação
dos alunos no planejamento do que será discutido em cada chat.
Para Raabe e Vavassori (2003), a sincronia nas participações
depende do conhecimento prévio do aluno sobre o assunto, a
construção mental da mensagem, a codificação
do texto por meio do teclado e o envio da mensagem para o quadro da
discussão acessado por todos. Parece evidente, assim, que esse
recurso exige uma série de habilidades, fazendo-se necessário
facultar ao aluno o desenvolvimento das mesmas no decorrer de momentos
interativos.
2.2 Tira-dúvidas
O tira-dúvidas é um espaço para
o esclarecimento de questões encaminhadas pelos alunos. Na
medida em que instaura um processo de mediação, torna-se
um recurso imprescindível para a superação de
limitações que surgem no decorrer das atividades de
ensino e aprendizagem. No momento das respostas, o privilégio
da cultura socialmente aceita pode retornar com intensidade, introjetando,
através de tais respostas, a cultura socialmente valorizada.
Assim, é de fundamental importância que o professor não
emita respostas fechadas e carregadas de valores restritos a determinada
cultura, uma vez que tais culturas devem instigar o aprofundamento,
através da investigação, para que o aluno não
tome a versão do professor como fonte exclusiva de conhecimento.
2.3 Fórum
O fórum, como os demais recursos, pode ser utilizado
como via de mão única de comunicação.
Ou seja, um depósito de informações, no qual
o professor emite a mensagem inicial e os alunos simplesmente a reproduzem
através de participações isoladas e desarticuladas.
Portanto, se faz necessário oportunizar aos mesmos uma posição
ativa, através da criação de uma rede conjunta
de comunicação, de modo a fazer com que o texto ganhe
sentido no momento em que se dá a reflexão sobre a manifestação
do outro e no momento em que se dá a construção
coletiva que se ramifica nas diferentes culturas, criando uma rede
de comunicação.
2.4 Correio eletrônico
O correio eletrônico via e-mail, por ser um recurso que permite
o encaminhamento direcionado da mensagem, faculta a usuários
ainda não habituados com os recursos de comunicação
síncrona, a possibilidade de se sentirem mais confortáveis
pelo fato de suas dúvidas serem dirigidas para um só
leitor. Nesse sentido, é um recurso imprescindível com
vistas a estreitar laços entre professor-aluno e aluno-aluno,
facilitando o estabelecimento de um vínculo de confiança
que pode contribuir para a melhoria da aprendizagem.
3 Plano de avaliação
O desenvolvimento de um sistema educacional que conjugue os novos
meios oferecidos pelos avanços tecnológicos e a possibilidade
de intervenção dos alunos, independentemente de sua
cultura, é ainda um grande desafio para os educadores da modalidade
a distância.
A realidade carece de investimentos em metodologias mais conectadas
com os novos espaços de aprendizagem e que possibilitem ao
estudante um processo interativo de aprendizagem que para Silva (2003),
depende basicamente de três elementos: a participação-intervenção,
processo no qual participar não é apenas responder sim
ou não ou escolher uma opção dada; a bidirecionalidade,
em que a comunicação e a produção são
conjuntas; por fim, a permutabilidade-potencialidade, em que a comunicação
supõe múltiplas redes articulatórias de conexões
e liberdades de trocas, associações e significações.
É diante dessa perspectiva que a proposta de avaliação
a seguir, tem por pretensão reunir informações
qualitativas e quantitativas sobre a interatividade em recursos virtuais
de aprendizagem, contemplando os seguintes objetivos:
• analisar a possibilidade de intervenção
dos alunos nos recursos oferecidos nas plataformas de educação
a distância;
• analisar a capacidade desses novos meios para facultar uma
comunicação bidirecional;
• analisar a possibilidade de permutalibidade - potencialidade
entre os usuários nos recursos de aprendizagem virtual.
3.1 Etapas e autores da avaliação
O processo de avaliação é composto por três
etapas: elaboração do Projeto de Pesquisa, seguido do
Plano de Avaliação que deve ser adequado a realidade
de cada instituição, coleta e análise de informações
e, por fim, elaboração de um informe avaliativo, contemplando
a descrição da metodologia utilizada, as conclusões
e sugestões.
Como a efetivação desse Plano de Avaliação
depende da estrutura do curso, os autores envolvidos podem ser provenientes
de diferentes segmentos que compõem a estrutura do programa
avaliado: pesquisadores responsáveis pela avaliação,
equipe técnica, docente e discente.
Na equipe técnica, é imprescindível a participação
dos profissionais de setores de trato com a tecnologia virtual, responsáveis
pela organização dos diferentes recursos utilizados
no ambiente virtual de aprendizagem, bem como pela funcionalidade
dos materiais disponibilizados no sentido de garantir ao aluno o desenvolvimento
de uma ação interativa, através da proposição
de atividades que possibilitam a alteração do material
a partir do intercâmbio de idéias e experiências,
pela atualização do material em virtude da participação
dos alunos e pelo acompanhamento dos dados no programa de informática.
Da equipe docente, participam professores de diferentes disciplinas,
os quais são responsáveis pela seleção
inicial do material, pela produção do material complementar
e pelas estratégias metodológicas desenvolvidas no decorrer
das disciplinas.
Da equipe discente, necessariamente, devem participar todos os alunos
envolvidos no processo.
Identificados os participantes e a função de cada segmento
no programa oferecido, faz-se necessário delimitar o papel
específico na efetivação da avaliação.
Ou seja, definir quem serão os responsáveis pela avaliação
(avaliadores), quem participará da avaliação
(participantes), quem será afetado pelo resultado (afetados)
e quem será entrevistado (implicados). No quadro a seguir propomos
a distribuição de papéis que incorpora os diferentes
segmentos:
Avaliadores: pesquisadores (externos/internos). |
Participantes: equipe técnica, docente e alunos.
Afetados: equipe docente e alunos.
Implicados: alunos.
|
|
|
2 Parâmetros para avaliação
de recursos virtuais de aprendizagem
Os parâmetros para a avaliação de recursos virtuais
de aprendizagem se constituem em um conjunto de critérios,
indicadores e estándares, servirão de modelo de referência
e, que no caso desta avaliação, indicarão as
possibilidades de interatividade.
Para garantir a coerência dos resultados, os parâmetros
devem ter uma relação direta com os propósitos
da avaliação, sendo que a seleção dos
mesmos deve variar de acordo com a realidade de cada contexto, seja
ela uma análise de todos os recursos da instituição,
dos recursos de programas específicos ou de um grupo de recursos.
Os parâmetros para estruturação da avaliação
dos recursos virtuais de aprendizagem que seguem, emergem da contribuição
de Silva (2003) que indica elementos indispensáveis para a
interatividade, já explicitados anteriormente. Os elementos
para avaliação de programas educacionais são
sugeridos por Martín (2004). Para o autor, além desses
elementos, é imprescindível a construção
de instrumentos para viabilização da proposta de avaliação.
Indicadores Estándares Fonte Técnica
Indicadores |
Indicadores |
Estándares |
Fonte |
Técnica |
Participação/
Intervenção
|
A qualidade da intervenção dos alunos
A quantidade das intervenções dos alunos
|
Análise da participação dos alunos a partir
da observação dos seguintes aspectos: Realidade
cultural/reflexão crítica/fundamentação
teórica
Por atividade proposta em cada recurso
|
Registros possibilitados pelo programa de informática
Registros possibilitados pelo programa de informática
|
Consulta reflexiva ao programa de informática
Consulta ao programa de informática
|
Bidirecionalidade |
A seqüência das intervenções |
Análise da procedência das intervenções |
Registros possibilitados pelo programa de informática |
Consulta reflexiva ao programa de informática |
Permutabilidade/
Potencialidade
|
A mediação de professor e dos demais alunos |
Análise da mediação das intervenções |
Registros possibilitados pelo programa de informática |
Consulta reflexiva ao programa de informática |
Parâmetros para Avaliação
de Recursos Virtuais de Aprendizagem
Através da delimitação dos elementos
sugeridos no quadro anterior, pretendemos contribuir para a organização
da avaliação das possibilidades de interatividade em
espaços virtuais de aprendizagem. Contudo, não podemos
abandonar a idéia que existe em cada instituição
que oferece programas de educação a distância,
uma equipe de profissionais que precisa estar atenta às especificidades
de seu contexto. Nesse sentido, é imprescindível que
elaborem um Projeto de Pesquisa e um Plano de Avaliação
que possibilite conhecer a realidade do seu programa, os recursos
tecnológicos e as estratégias utilizadas para viabilizar
a interatividade entre alunos de culturas diferentes.
Considerações finais
As novas tecnologias de informação e comunicação
oferecem atualmente diferentes possibilidades de promover um processo
de ensino-aprendizagem interativo que supere a relação
unilateral emissor-mensagem-receptor.
Para tanto, faz-se necessário que a instituição
interessada em desenvolver programas de educação a distância
considere, entre outras condições, a disponibilização
de uma estrutura adequada aos novos espaços de formação,
entre os quais a criação de laboratórios para
uso livre e monitorado de todos os alunos. Além das condições
básicas, os educadores e a equipe técnica envolvida
no processo devem concentrar esforços para que, nos recursos
utilizados, os alunos possam interagir permanentemente, objetivando
intercambiar experiências, investigar, sanar dúvidas,
romper limitações e colaborar, independentemente da
cultura de que derivem.
Transformar o espaço virtual em uma instância em que
as pessoas possam compartilhar saberes, expressar diferenças
e contradições e construir interativamente o conhecimento
é um grande desafio que se impõe aos educadores nesse
momento histórico, exigindo que todos os envolvidos, independentemente
das funções, assumam a tarefa de contribuir para efetivar
uma proposta na perspectiva da inclusão.
Para tanto, não basta disponibilizar recursos sem considerar
as possibilidades que os mesmos oferecem para a interatividade. Nessa
direção, os parâmetros de avaliação
apresentados, constituem-se numa proposta preliminar para análise
e que pode ser redimensionada, adequando-a a cada contexto. Partimos
do princípio de que a melhoria das possibilidades de interatividade
depende dos segmentos envolvidos na proposta educativa de cada instituição,
sendo que o planejamento das condições deve ser do grupo
para o grupo. No entanto, para analisar as alternativas propostas
é importante perceber que os diferentes elementos que compõem
um Plano de Avaliação devem ser articulados, preservando
uma dimensão processual entre os propósitos da avaliação,
os critérios e estándares.
Com a sistematização da avaliação disponibilizada,
não pretendemos indicar caminhos, mas contribuir para encontrar
formas de caminhar na educação a distância, usufruindo
as possibilidades de interatividade proporcionadas pelas novas tecnologias
de informação e comunicação.
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