No início das atividades da área que hoje se chama “tecnologia da informação”, nos

meados da década de 1950, não havia cursos (levando a títulos acadêmicos), dedicados

ao assunto. Os profissionais que atuaram no que então se designava como “ciências da

computação” eram indivíduos formados em diferenciadas áreas do conhecimento -- matemática, física,

astronomia, biologia, por exemplo, os quais trouxeram consigo uma rica tradição de práticas científicas

(metodologias, validações, trabalho em grupos distribuídos, documentação detalhada, entre outras), que

garantiram sólida fundação à nova área.

Embora a aprendizagem a distância não seja, em si, uma área nova, a introdução de meios

digitalizados no processo representa uma verdadeira revolução nesse processo, exigindo, nas instituições

que oferecem programas de estudo via web, novos tipos de talento, de inventividade e de visão.

A explosiva expansão, no Brasil, do ensino superior a distância obrigou as instituições a adaptarem,

com toda rapidez, opções do ensino presencial àqueles que nunca trabalharam antes com a educação,

destinada a novas gerações profissionais. Houve casos de sucesso e casos de desempenho a desejar.

Está na hora, agora, de avaliar o que aconteceu, está acontecendo e deve acontecer no tocante aos

profissionais responsáveis pela EAD no Brasil, partindo de um questionamento: Eles provêm de quais

áreas de formação? Aqueles sem formação acadêmica são mais ”liberados”, mais inovadores? Equipes

formadas por pessoas provindas de diferentes experiências educacionais e profissionais têm atuado

com mais sucesso ou têm apresentado problemas “congênitos”? Quais são as mais indicadas formas de

realizar a educação continuada de profissionais da EAD?

São igualmente relevantes todas as maneiras de estudar os padrões de formação e experiência, de

atitudes e expectativas, de ambições e reclamações dessa geração responsável pela produção de EAD

no Brasil, sejam educadores sênior ou júnior (tutores) cientistas, psicólogos, desenhistas, programadores,

produtores de vídeo ou gerentes de marketing. As mais variadas especialidades que compõem a

comunidade de profissionais envolvidos compreendem contribuições importantes para o avanço da

modalidade, aumentando a qualidade das atividades de EAD e criando condições que assegurem a

satisfação de trabalhar na área.


                                                                                                          Prof Dr Fredric Michael Litto

                                                                                                                                    Presidente da ABED

 

Apresentação

ISSN: 2175-4098

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