COOPERAÇÃO E COLABORAÇÃO ENTRE GERACÕES EM AMBIENTE VIRTUAL

ABRIL/2004

 

Ceris Angela Paulo
Faculdade de Educação de Taquara-RS/BR
ceris@faccat.br

Girlei Fabiane Schmitt da Silva
Centro Universitário FEEVALE
fabiane.nho@brturbo.com

Alexandra Marques
Faculdade de Educação de Taquara
xandamarques@faccat.br

 

Tema: Educação a Distância nos Sistemas Educacionais.
Categoria: Educação em extensão comunitária.
Natureza do trabalho: Descrição de projeto em andamento.

Resumo
O presente artigo pretende investigar como ocorre o processo de cooperação e colaboração entre grupos de idades diferentes em ambiente de aprendizagem virtual. Para investigar esse processo, estaremos nos apoiando em estudos sobre aprendizagem e trocas entre gerações em ambiente à distância.
Sabemos que os jovens estão familiarizados com a utilização da informática em ambiente educacional ou através das possibilidades disponibilizadas no seu dia-a-dia. A preocupação é propiciar a troca de conhecimentos entre gerações cooperativamente e colaborativamente em trabalhos interdisciplinares à distância, formando comunidades virtuais. Um dos objetivos é construir e planejar projetos de trabalhos intergeracionais com temas de interesse das diferentes gerações. Formando ,assim ,trabalhos interdisciplinares e intergeracionais.
Para realização do projeto, foi utilizado um ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido pelo núcleo de Educação On-line da FACCAT/RS/BR.
Os grupos são formados por 12 alunos do curso de Informática para Terceira Idade da FACCAT Taquara/RS/BR, com idade entre 50 e 60 anos em parceria com o Colégio Imaculada Conceição, de Dois Irmãos/RS/BR que participa com 12 alunos de 7ª e 8ª séries.
Temos previsto duas etapas para o projeto, uma para o primeiro semestre de 2004 e a segunda para o segundo semestre de 2004.

Palavras-chave:
Pessoas mais velhas, adolescentes, cooperação, colaboração, troca em ambiente virtual.

 


1 INTRODUÇÃO:

Os avanços tecnológicos continuam influenciando todas as áreas da sociedade contemporânea. A educação precisa estar em sintonia com as transformações sociais provocadas pelo uso das tecnologias e , mais do que nunca ,educar os jovens para o fenômeno que está ocorrendo em relação à longevidade. Propiciar ações para inserir essas pessoas mais velhas no atual contexto.

É com essa preocupação que as Faculdades de Taquara/RS/BR, em parceria com o Colégio Imaculada Conceição, de Dois Irmãos/RS/BR, iniciaram um trabalho que integra participantes das duas instituições num processo cooperativo de construção de conhecimento através da aprendizagem por projetos interdisciplinares e intergeracionais, utilizando-se das tecnologias em um ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido pelo núcleo de Educação On-line da FACCAT/RS/BR.

Os alunos convidados a participar do projeto pertencem às turmas da 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental. A faixa etária é de 12 a 14 anos. Alunos do curso de Informática para Terceira Idade das Faculdades de Taquara/RS, com 12 participantes com idade entre 50 e 60 anos.

 

2 OBJETIVOS:

- Oportunizar a pessoas mais velhas uma interação com adolescentes, através de atividades educativas e participativas em um ambiente virtual.
- Propiciar aos dois grupos planejamento e formação de projetos interdisciplinares com temas de interesse comum.

 

3 JUSTIFICATIVA:

Nesse contexto, o professor é um facilitador, mediador que oportuniza, instiga e orienta a busca de novas informações, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico para que os participantes possam saber como selecionar e utilizar essas informações.

Através da interação síncrona e assíncrona, os estudantes podem relacionar pontos de vista, levantar questões, trocar informações. Sendo assim, é função do professor proporcionar ambientes que favoreçam o processo da construção de projetos de aprendizagem cooperativas entre os participantes distantes geograficamente.

Através deste projeto, estamos oferecendo aos alunos a possibilidade de explorarem o assunto de forma colaborativa. A formação de uma comunidade de alunos, por meio da qual o conhecimento seja transmitido e os significados sejam criados conjuntamente, prepara o terreno para bons resultados na aprendizagem.

 

4 PARTICIPANTES:

O projeto está sendo desenvolvido com um grupo de alunos do curso de Informática para Terceira Idade das Faculdades de Taquara/RS, formado por 12 participantes, com idade entre 50 e 60 anos. Os participantes apresentam conhecimento prévio tecnológico diferenciado, caracterizando, assim, um grupo bastante heterogêneo, em parceria com o Colégio Imaculada Conceição de Dois Irmãos/RS, formado por um grupo de 12 alunos de 7ª e 8ª series . Desses alunos, 06 são da 7ª série e 06 são da 8ª série. Muitos deles se destacam em atividades no colégio e em sala de aula, alguns participam de atividades sociais. (auxiliando pessoas carentes do município). É um grupo ativo, participativo, desafiador, exigente, dinâmico e responsável. De um lado temos participantes que formam a nova geração, geração que desde sempre conviveu com as tecnologias e , do outro, uma geração que ainda é considerada analfabeta diante dos avanços tecnológicos.

 

5 REFERENCIAL TEÓRICO:

Apesar das diferenças individuais da idade, de maturidade, é possível assimilar grandes etapas que nos sirvam de orientação geral, embora não correspondam nunca a um adolescente particular.

Quanto ao perfil de adolescente dos nossos dias, observa-se que quase todos se rebelam perante as exigências e proibições da família, se mostram ansiosos e indecisos, perturbados e com falta de segurança em si; procuram a segurança que lhes proporciona o grupo de indivíduos da mesma idade, mostram tendência para o "esnobismo" e excluem os que não são membros da sua "galera". Todos os adolescentes aspiram a merecer a aprovação dos que são um pouco mais velhos.

Seguindo a tendência mundial, a baixa nas taxas de fecundidade e mortalidade infantil, a melhoria nas condições de saneamento e infra-estrutura básica, e os avanços da medicina e da tecnologia são os principais determinantes do processo de envelhecimento da população brasileira, cujos contornos tornaram-se mais nítidos nos últimos 20 anos (Rodrigues, 2002). Projeções demográficas demonstram que nosso país será a 6ª nação com o maior número de idosos em todo o mundo no ano de 2025.

As relações intergeracionais são desiguais devido aos diferentes papéis sociais. As características assimétricas das relações, efetivas na complexidade social, desestabilizam em muitos momentos e aspectos as relações de poder, desenvolvendo conflitos que alguns autores catalogam como conflitos de gerações.

Moragas (1997) afirma que as relações intergeracionais podem ser solidárias, sendo que proporcionam ajuda em certos momentos vitais. Segundo o autor, quando se reconhece a necessidade da compreensão entre gerações e os jovens são educados para praticá-la, fomenta-se a integração entre as diferentes idades e conseqüentemente reduz-se o conflito social.

A partir deste estudo, acreditamos que seria possível se criar uma comunidade virtual e intergeracional entre adolescentes e terceira idade. Através do ensino a distância, possibilitaremos a ampliação dos conhecimentos entre os grupos.

Segundo Both (2001) os educadores ainda não perceberam a longevidade humana como um fenômeno de substancial alteração no perfil humano. O mesmo autor também fala que a questão fundamental da reabilitação da memória reside no fato de se buscar os conhecimentos e sua respectiva fixação para a produção de recursos, conseguindo a pessoa mais velha inserir-se melhor em seu meio e, pelas aprendizagens, possuir uma representatividade mais viva na comunicação com o universo de sua comunidade.

Moran em seu texto: O que é educação a distância define este ensino como: (…) processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.

Peters (2001) enfatiza a importância dos programas de ensino não serem definidos e elaborados antecipadamente à maneira científico-empírica, mas sim, devem estar “abertos” para desdobramentos imprevistos na construção de uma competência de âmbito individual. Em relação à seqüência do estudo, deve ser flexível de acordo com os objetivos e perspectivas, interesses e experiências pessoais, e com a elaboração conjunta e participativa do educando. Estes não devem ser considerados produtos ou objetos, mas sim sujeitos ativos do processo da sua própria aprendizagem. Os educandos devem adquirir autonomia na organização de seu estudo.

Para Piaget (1971), o conhecimento é construído pelo sujeito que interage com o objeto percebido, sendo as trocas sociais condições necessárias para o desenvolvimento do pensamento.

Na aprendizagem por projetos o aluno é desafiado a pensar sobre o mundo, procurando identificar dúvidas temporárias e certezas provisórias. A partir de seus interesses e necessidades, define questões a serem investigadas. Partindo dos significados que tem sobre o mundo formula hipóteses, pesquisa, realiza trocas, busca resolver problemas para responder a suas questões.

“Um projeto para aprender vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações nesse sistema de significações, que constituem o conhecimento particular do aprendiz” (FAGUNDES, 1999).

Quando o aluno é desafiado a questionar, quando precisa pensar para identificar suas dúvidas, quando o professor possibilita que o aluno formule questões de sua vivência e que tenha significado para ele, ou seja, baseado em seus interesses, necessidades e valores, o estudante pode desenvolver competência para formular e equacionar problemas. Segundo Fagundes (1999), quem consegue formular com clareza o problema a ser resolvido começa a aprender a definir as direções de suas atividades.

Vivemos em uma sociedade de projetos, uma sociedade que exige cidadãos que observem os fatos, pesquisem o que os dados dizem e façam análises cuidadosas da realidade. Este novo cidadão não aceita a realidade só porque sempre foi assim, ele vai atrás dos seus sonhos. A sociedade atual exige cidadãos criativos e utópicos, que deverão se organizar, escrever e defender suas idéias, enfim, projetando-se.

Na aprendizagem por projetos, quem escolhe o tema a ser investigado é o aluno e, ao mesmo tempo, em cooperação. É na busca da satisfação de sua curiosidade, desejo e vontade que o aluno ou o grupo faz suas decisões, essas são tomadas de forma hierárquica, sendo as definições de regras, direções e atividades elaboradas pelo grupo num consenso entre alunos e professores. O paradigma que norteia o trabalho é o da construção do conhecimento, no qual o professor é um instigador, orientador, e o estudante agente de sua aprendizagem. Frente ao tema escolhido pelos alunos, o professor, de uma maneira instigadora, possibilita um trabalho interdisciplinar, onde os alunos desenvolvem as mais diferentes áreas do conhecimento, realizando inter-relações entre as mesmas, o que implica novas relações estruturais num processo de cooperação.

Em um ambiente virtual a disposição para aprendizagem é mais um espaço de oportunidade para trabalho colaborativo e cooperativo, um espaço significativo para interação. O comprometimento do aluno e professor é que serão o desafio para construção do seu conhecimento e do colega utilizando-se do ciberespaço.

Para Piaget (1973 apud Costa 1995; Ramos, 1996) cooperação é definida como co-operação, isto é, cooperar na ação é operar em comum; se caracterizar quando da coordenação de pontos de vista diferentes, pelas operações de correspondência, reciprocidade ou complementaridade e pela existência de regras autônomas de condutas fundamentadas no respeito mútuo. Ainda para Piaget, para que haja uma cooperação real são necessárias as seguintes condições: existência de uma escala comum de valores, conservação da escala de valores e existência de uma reciprocidade na interação.

Aprendizagem por projetos utilizando ambiente virtual entre gerações possibilita que alunos distantes geograficamente interajam realizando trocas e construam conhecimento de acordo com seu próprio ritmo de desenvolvimento incluindo pessoas mais velhas nesse processo.

 

6 METODOLOGIA:

A pesquisa será desenvolvida com uma metodologia de aprendizagem, que busque identificar as necessidades de informação e construção do conhecimento através do ambiente virtual em uma comunidade, ampliando horizontes e possibilidades e indo ao encontro dos interesses dos alunos participantes da pesquisa. O aluno será o centro da ação-interação como seus pares. O aluno aprende melhor com aquilo que manipula e interage, esse será o foco principal do projeto.

Quando a educação está preocupada com o conhecimento para a ação crítica, o conteúdo a ser trabalhado e a metodologia aplicada devem ser construídos na reflexão, visualizando uma formação que facilite e instigue uma visão mais complexa de mundo, superando as limitações de um conhecimento fragmentado que, sabemos, é inútil para enfrentar a complexidade dos problemas reais do ser humano. Com um conhecimento que seja globalizado, integrador, contextualizado será capaz de enfrentar as questões e os problemas da realidade. Como conseqüência eles ganham não só conhecimento, mas também novas habilidades sociais, incluindo a habilidade de comunicar e colaborar com colegas largamente dispersos, quem eles podem nunca ter visto.

Com o acesso à rede Internet, a quantidade de informações ao alcance dos estudantes é ampliada, e as trocas facilitadas através da comunicação síncrona e assíncrona. Na comunicação síncrona, a interação é realizada em tempo real, ou seja, os interlocutores estão ligados simultaneamente em rede. Isso acontece em ambientes, tais como chats e teleconferência. Na comunicação assíncrona, a interação não ocorre em tempo real, ou seja, os interlocutores não necessitam estar conectados simultaneamente na rede. Essa comunicação ocorre através do uso do correio eletrônico e fóruns.

Outra variável importante na eficácia do aprendizado é a preferência do aluno por um modo particular de aprendizado, ou seja, cooperativo, colaborativo, competitivo, ou individualizado. Muitos projetos de educação à distância incorporam aprendizado cooperativo, projetos colaborativos, e interatividade entre grupos de alunos e entre “sites”.

7.1 O que já está sendo desenvolvido

O projeto iniciou no mês de março de 2004. Realizamos a exploração do ambiente virtual de aprendizagem desenvolvido pelo núcleo de Educação On-line da FACCAT/RS/BR.

Realizamos 10 chats onde os primeiros foram só como exploração do ambiente e trocas entre os alunos. Com essas interações, provocou-se nos alunos uma curiosidade em visualizar os colegas com os quais estão interagindo, o que resultou na construção de um perfil o qual foi disponibilizado na área do ambiente.

Nos últimos encontros foram escolhidos temas e formados grupos entre as duas gerações, com assuntos de interesse comum. Agora os grupos estão estruturando seus projetos com: tema, objetivo, dúvidas provisórias, certezas provisórias para desenvolver o trabalho.

 

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Com o estudo e a análise que pretendemos realizar através das observações, esperamos que haja uma interação plena entre os participantes, valorizando as trocas e experiências. Que as gerações em suas realidades usem e ousem, nesse ambiente virtual para discussões sadias e que sejam saboreadas, com prazer e curiosidade, explorando e criando alternativas de trabalho e pesquisa, respeitando a todos os pontos de vista de cada geração com suas potencialidades, contribuindo para um ambiente de aprendizagem em uma comunidade virtual e intergeracional.

Notamos que as questões cooperação e colaboração devem ser mais enfatizadas e entendidas pelos grupos, pois são pontos nos quais já nas primeiras atividades notou-se que há dificuldades. A questão afetiva está muito presente na interação realizada entre os grupos. À vontade de aprender, realizar trocas de conhecimento e afeto está em evidência, por isso que o trabalho em grupo em projetos intergeracionais será um objetivo constante nessa pesquisa.

 


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