A PRODUÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO NO CONTEXTO COLABORATIVO  E  COOPERATIVO  DA  DISCIPLINA DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I, NA MODALIDADE    DE    EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, NA GRADUAÇÃO.

ABRIL/2004

 

Elisa Netto Zanette
Unesc – Universidade do Extremo Sul Catarinense
enz@unesc.rct-sc.br

Evânio Ramos Nicoleit
Unesc – Universidade do Extremo Sul Catarinense
ern@unesc.rct-sc.br

Graziela Fátima Giacomazzo Nicoleit
Unesc – Universidade do Extremo Sul Catarinense
gfg@unesc.rct-sc.br

 

Tema: Planejamento, Elaboração e Avaliação de Materiais Didáticos para Educação a Distância
Categoria: Educação Universitária

RESUMO
Este artigo descreve o processo investigativo na busca da compreensão do caminho que permite planejar, organizar e produzir o material didático para uma disciplina da graduação na modalidade de Educação a Distância, no contexto de trabalho cooperativo e colaborativo. O material didático foi produzido no contexto de socialização em duas mídias: material impresso e publicado via Internet. Esta última por caracterizar-se como sendo uma mídia que reúne recursos favoráveis à cooperação e interação entre acadêmicos e professores. Aborda-se a a utilização da modalidade não-presencial na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I e/ou equivalentes de alguns cursos de Graduação. Ao trabalhar-se a construção colaborativa e cooperativa do material didático, é possível melhorar de forma significativa a elaboração, pelos professores pesquisadores, dos conceitos matemáticos envolvidos. Isto pode contribuir para uma melhor formação do acadêmico na disciplina de forma consciente e criativa. A modalidade de educação a distância pode transformar-se num recurso mediador do processo educativo na disciplina.

PALAVRAS-CHAVE:
educação a distância, material didático, colaboração, cooperação, ambiente virtual

 


1        Introdução

As possibilidades que se apresentam com o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) têm provocado um impacto em diferentes dimensões, com distintos resultados, compreensões e incorporações.  No contexto educativo, em específico na prática docente, repercutem significativamente nos processos de ensino e aprendizagem.  Este é o recente desafio para os educadores, os quais desempenham papel importante no processo de implementação desses recursos.

O uso das TIC’s, aplicadas na educação, promove a interação virtual síncrona e assíncrona envolvendo educandos, professores e instituição.  Mesmo dispersos geograficamente podem integrar-se em grupos de estudos, numa grande rede de comunicação, via Internet.

O reconhecimento da EAD no Brasil como uma modalidade de educação, impõe aos educadores desafios a serem superados num curto espaço de tempo. Concebida como uma forma alternativa de ensinar e apreender pode representar uma efetiva democratização da educação.  Nessa concepção pode oportunizar, além do conhecimento socializado, a superação de alguns problemas no processo ensino aprendizagem, respeitando os distintos ritmos de aprendizagem dos estudantes o que nem sempre é possível na modalidade presencial.

No âmbito da Educação Universitária, as áreas das ciências exatas, historicamente, têm apresentado dificuldades no processo ensino aprendizagem. São evidentes os desníveis dos acadêmicos em sua formação, incluindo as diferentes exigências nos programas curriculares dos cursos.  A área da matemática exemplifica esta situação real, encontrada por um grupo de professores pesquisadores que buscam investigar este contexto, para contribuir na melhoria do processo ensino-aprendizagem na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I.  Partindo deste diagnóstico, o grupo de professores viabilizou a correspondente disciplina na modalidade de Educação a Distância. Este trabalho envolve a análise do processo de construção colaborativa e cooperativa do material didático da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I, na modalidade de EAD. Esta análise parte do desenvolvimento do material didático no enfoque de representações semióticas dos objetos matemáticos, contextualizados historicamente e propõe atividades de intervenção pedagógica na graduação visando a superação das dificuldades na apropriação dos conhecimentos científicos matemáticos.  O uso das TIC’s em Educação  Matemática, possibilita novas práticas pedagógicas. Permite, pelo uso de seus recursos tecnológicos, pesquisar, fazer antecipações e simulações, confirmar idéias prévias, experimentar, criar soluções e construir novas formas de representação mental.

 

2        Pressupostos teóricos do processo ensino aprendizagem

A aprendizagem humana é um fenômeno em constante mudança e ocorrre na associação de conhecimentos já elaborados com conhecimentos novos.  Na perspectiva da educação formal ocupa o lugar em relações educativas, que se definem como uma dinâmica entre os sujeitos envolvidos,  tendo como objeto de estudo um determinado corpo de conhecimentos.

Na tendência epistemológica atual, com a contribuição das tecnologias no aumento das informações disponíveis, é crescente uma revolução no pensamento acerca do conhecimento (LEVY,1993). Isso poderá contribuir para uma Educação Aberta, Continuada, Presencial e a Distância. A interatividade do sujeito com o objeto e as mediações envolvidas no processo são de suma importância. Neste trabalho são abordadas estratégias pedagógicas para a educação adequadas ao contexto da modalidade a distância. Isso implica no conhecimento acerca das teorias pedagógicas construídas historicamente, que fundamentam os processos de ensino‑aprendizagem na educação presencial e não-presencial e dos recursos tecnológicos disponíveis (PRETI, 2000).

Nesse contexto inserem-se as tecnologias na educação, como ferramentas de apoio e que podem transformar o aprender, num processo mais eficiente. As TIC’s possibilitam uma maior interatividade, e podem ser usadas como instrumento de comunicação, de pesquisa e de produção de conhecimento. Isto implica: saber acessar o conhecimento, isto é, localizar e selecionar o que é relevante e; dar sentido ao conhecimento e/ou integrar a conhecimentos anteriores.

No enfoque de processo ensino aprendizagem, os conceitos são produzidos e apropriados pelo homem, atendendo a interesses, necessidades sociais, culturais e políticas das diferentes épocas (Vygotsky, 1994). Nestes conceitos insere-se a relação da Matemática com as tecnologias e com a práxis do educador. A intervenção do educador no processo pedagógico pode acontecer em momentos distintos, seja na construção de um recurso pedagógico, na aplicabilidade ou na análise dos seus resultados.

Este trabalho atua no processo ensino aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral I no contexto Universitário através da EAD, optando pela concepção histórico-cultural de aprendizagem.   Contempla-se assim, os pressupostos teóricos do sócio-interacionismo  e do construtivismo. A concepção sócio-interacionista, preocupa-se em compreender como se constituem as interações sociais. Nessa perspectiva o conhecimento está nas relações sociais, enfatizando a relevância dos processos interacionais, entre os sujeitos e o meio. O construtivismo parte da premissa  de que o indivíduo é agente ativo de seu próprio conhecimento, isto é, ele constrói significados e define o seu próprio sentido e representação da realidade de acordo com suas experiências e vivências em diferentes contextos.

 

3        Planejamento e Organização do Material Didático na Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I para EAD

A interação em grupo deve assumir a condição de uma investigação e, a cada reflexão sobre a ação realizada, buscam-se parâmetros para a reformulação das próximas ações. Considera-se que o fazer educativo é um processo contínuo de ação-reflexão-ação.

Concebe-se o professor como um investigador comprometido com o conhecimento das técnicas pedagógicas, com domínio de conteúdos, com um somatório de experiências vivenciadas e aberto para a socialização desses saberes com um grupo multidisciplinar.

O planejamento e a organização do material didático neste processo, encontra nesses pressupostos subsídios para sua elaboração.  Trabalhar coletivamente está associado a socializar conhecimentos e práticas, pois implica na generalização da produção individual para a produção em grupo. É o trabalho no conceito de colaboração e cooperação que possibilita esta ação (Okada, 2003).

A organização do trabalho nesta ótica apresenta muitas vantagens. Dentre elas: o grupo pode produzir melhores resultados do que atuando individualmente; socializar conhecimentos e práticas; cooperação na resolução de tarefas; submissão a diferentes interpretações  e pontos de vista, possibilitando uma visão mais ampla do tema em debate.

Entretanto, trabalhar em grupo também gera problemas como a difusão de responsabilidades, a competição, a falta de empenho, o controle de acessos e a sobrecarga de comunicação. Esses problemas exigem uma gerência eficiente que coordene o grupo de modo que todos cooperem (Gerosa et al,2001).

 

4        Produção do Material Didático no Contexto de Cooperação e Colaboração

A metodologia de produção e edição do material tem contemplado momentos de colaboração e momentos de cooperação. Inicialmente, predomina o processo de produção colaborativa. Dessa forma foram desenvolvidos os materiais didáticos referentes às Unidades de Estudo 1 e 2 que tratam sobre: Intervalos Numéricos e Funções Reais de Variáveis Reais e os textos complementares dessas unidades.

Nesse processo de produção, o planejamento, a elaboração e a edição eram compartilhados. Foram designadas funções para cada membro integrante do grupo e cronograma.  A primeira tarefa, desenvolvida por cada integrante do grupo de professores autores, referia-se à coleta dos materiais sobre os temas em estudo, a partir de uma revisão bibliográfica detalhada. A partir de encontros de estudo semanais os resultados eram socializados.  Nesses encontros define-se o processo de planejamento da estrutura do conteúdo referente ao tema em estudo.

A redação preliminar do texto, a partir dos materiais selecionados, são atribuídos ao professor autor.  A partir da edição preliminar do texto, os arquivos são compartilhados com os professores autores. Nesta etapa os arquivos são transferidos via correio eletrônico. Cada professor faz a sua análise e a inserção de contribuições diretamente no texto.  Os professores autores devem ter familiaridade com as ferramentas de edição de textos. Deve haver um registro histórico da evolução textual. Esse registro pode ser feito utilizando-se diferentes meios: ambientes virtuais de aprendizagem, CD-ROM, repositórios eletrônicos, entre outros. 

Esta atividade organiza-se de modo que o arquivo é transferido do professor A para o B, este para o C e assim sucessivamente. Dentro de um período, o texto é avaliado e alterado quando necessário pelos professores autores. Nesse processo de alteração, deve ser realizada um  controle de alterações para permitir ao professor B, perceber as alterações feitas pelo professor A, como ilustrado na Figura 1.  Assim, evidenciam-se as contribuições, evitando que um colega exclua uma contribuição recém inserida. As alterações não-aceitas integralmente são debatidas nos encontros.


Figura 1 - Produção de texto sem e/ou com controle de alterações.
Fonte: Dados da Pesquisa.

Esse processo mostra-se simples e eficiente, exigindo uma utilização dos recursos tecnológicos disponíveis.  Os textos passam por esse processo de transferência constante dos arquivos entre os professores autores, até que os mesmos sejam considerados adequados. A evolução da escrita no contexto de linguagem matemática quanto às características de universalidade, objetividade, precisão é evidente. No entanto, o processo colaborativo mostra-se rico,

No processo de produção colaborativa, o trabalho é realizado com a intervenção direta entre duas ou mais pessoas no mesmo texto. Este processo caracteriza-se por um refinamento do material produzido, melhora qualitativa com maior requerimento de tempo necessário. No processo de produção cooperativa, as produções individuais são agregadas às demais produções.  Este no entanto, é mais ágil e simplificado.

Para a produção das Unidades de Estudo 3 e 4 – Funções e Limites - optou-se pelo processo de cooperação pela agilidade na produção, comparando-o com as primeiras produções do grupo no contexto eminentemente colaborativo. Neste caso, cada professor fica responsável por um tópico da Unidade. Após a edição o material é socializado e revisado pelos colegas.

Os materiais produzidos na perspectiva colaborativa e/ou cooperativa,  necessitam de uma adequação de linguagem para EAD, de uma revisão gramatical e posterior tratamento de editoração, antes de serem publicados nas mídias escolhidas.

 

5        Estrutura e Avaliação do Material

O processo de avaliação do material didático pelos acadêmicos acontece nas versões impressa e on-line - no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Na educação on-line cria-se a possibilidade em três vias reunidas em uma única mídia que é a internet: comunicação de um para muitos, de um para um e , sobretudo, de muitos para muitos (AZEVEDO, 2000).

No AVA, os acadêmicos têm acesso somente à versão final publicada em pasta específica. A avaliação realizada pelos acadêmicos pode ser  publicada em um fórum, criado especificamente para esse fim. A partir das considerações, os textos devem ser revistos e, se necessário, sofrer as devidas alterações.

Foi adotada uma estrutura baseada nos referenciais teóricos adotados na produção de material didático, objetivando manter as características de cada linguagem, propiciar a visualização e a distinção entre objeto de estudo e sua representação.

No contexto histórico dos conceitos matemáticos, são produzidas estratégias para facilitar a construção do conhecimento pelos acadêmicos a partir do entendimento da evolução do conhecimento matemático (FLEMINNG, 2003). Representa uma ferramenta que pode auxiliar o professor no processo de ensinar: pelo significado e compreensão; pelo reconhecimento da dificuldade inerente dos conceitos matemáticos; e por propiciar novas idéias. Como exemplo, na Figura 2, faz-se um resgate histórico sobre a trigonometria.


Figura 2 - O uso do contexto histórico.
Fonte: Dados da Pesquisa.

Quanto ao contexto cotidiano, busca-se fazer uma associação entre o significado do conteúdo abordado e a prática habitual do acadêmico.  Neste cotidiano, vai se constituindo os modos de pensar, agir, sentir, conhecer e perceber o mundo. O uso de exemplos práticos facilitam o aprendizado, pois dão significado aos conteúdos trabalhados.  Gradativamente, o acadêmico vai se apropriando dos conceitos por meio de atividades práticas permeadas pelos processos interacionais.

Para propiciar a integração de diversas áreas da Matemática, apresenta-se representações temáticas semióticas de diferentes registros, visando ampliar a compreensão e a apropriação do conceito. Na Figura 3, apresenta-se um recorte da apresentação de um tema integrando áreas da Matemática. Neste caso o acadêmico tem acesso a registros diversos de uma mesma representação semiótica visando ampliar a compreensão e a apropriação do conceito.


Figura 3 - Registros diversos de uma mesma representação semiótica
Fonte: Dados da Pesquisa

A utilização de aplicativos informáticos deve ser adotada na apresentação visual de figuras que representam graficamente as funções e os conceitos abordados, visando propor a reflexão a partir da comparação entre os objetos. A Figura 4, mostra a análise comparativa da variação da função a partir do coeficiente angular, exemplificando este uso.


Figura 4 - A representação gráfica das funções lineares no software Cabri éomètre II.
Fonte: Dados da Pesquisa.

Os primeiros textos produzidos foram submetidos à apreciação dos acadêmicos nas aulas presenciais dos professores autores, durante o 1º semestre de 2003. A análise dessa avaliação apontou equívocos de digitação, até a necessidade de ampliar conteúdos que haviam sido tratados superficialmente pelos professores na produção dos textos.  Esse processo propicia aos professores autores, novas reflexões sobre a forma de produzir o material. Deve ser considerado  que o acadêmico, ao interagir com o material, não tem ao seu lado um professor e/ou colega mediando o processo nesta modalidade. Estes questionamentos continuam permeando a produção e avaliação dos resultados dos demais textos. Durante o processo de execução da proposta pedagógica experimental, em forma de pilotagem, as correções são imediatamente realizadas.


6        Considerações Finais

Neste artigo foi descrito o processo de construção de um projeto colaborativo e cooperativo na elaboração do material didático na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I na graduação. Priorizou-se o processo de construção multidisciplinar. Nesse enfoque, cada participante traz informações relevantes para o grupo, contribuindo assim, para uma melhor interação social entre seus pares e um crescimento individual e coletivo. Nesse processo, são importantes as habilidades de troca de conhecimento entre os sujeitos, comprometimento, negociação e entendimento no compartilhamento do problema, além da ajuda mútua em resolvê-lo. Todos são aprendizes e podem contribuir um com o outro.

O trabalho cooperativo e colaborativo, nesse contexto, representa a construção coletiva e socializada do conhecimento num processo de interação e interatividade contínuo. A interação e as trocas não se caracterizam apenas pelos aspectos cognitivos, mas também pelos aspectos sociais e perceptuais. A percepção que os professores participantes têm uns dos outras influencia de maneira significativa na interação e isso reflete no contexto de trabalho. Evidenciou-se nesta experiência, que existe um tempo de propiciar o envolvimento natural, de emergir intenções e ações coletivas. A partir disso, o processo interativo avança. Os participantes permitem as intervenções e a aceitação da contribuição do outro sobre a sua produção.

A apropriação dos recursos tecnológicos, as concepções sobre as formas e o conteúdo didático‑pedagógico ocorrem em momentos distintos entre os professores envolvidos. Portanto, é preciso compreender o tempo e o espaço de cada um, para que, a partir da rede de significados coletiva, cada um desenvolva seu potencial, reflita sobre sua prática e implemente mudanças que possam contribuir com o trabalho.

Estar envolvido numa rede de colaboração auxilia e amplia os significados tanto no contexto de conhecimento quanto no contexto de comunicação. O planejamento e a organização do material didático proposto para a disciplina Cálculo Diferencial e Integral I, permitiu aos professores acompanhar, analisar e avaliar todo o processo de produção do material didático e isso refletiu positivamente na prática docente na modalidade presencial.

Esta experiência abre novas possibilidades para outras propostas, que se inserem nas abordagens de construção colaborativa e/ou cooperativa e nas constituições de grupos multidisciplinares. Entretanto, algumas ações podem ser implementadas no desenvolvimento de projetos similares a partir das sugestões do grupo envolvido: o uso de ferramentas colaborativas online para a produção textual coletiva que agregue recursos de representações semióticas, usuais na Matemática, como símbolos, figuras, representações gráficas, tabelas, etc; professores autores e tutores com disponibilização de tempo e interesse para participar desses projetos; edição do material textual por técnicos a partir das produções colaborativas dos professores autores; espaços físicos e tecnológicos adequados para os estudos em grupo; ampliação dos debates entre os envolvidos sobre a modalidade de EAD incluindo a produção de material didático; ações que estimulem todos os integrantes a usar os recursos de comunicação e informação disponíveis.

A proposta apresentada, desenvolvida e organizada no contexto cooperativo e colaborativo, não tem esgota o tema. O projeto, em seu estágio de execução como experiência piloto na disciplina, possibilitou ganhos significativos ao estudante na sua formação acadêmica. As primeiras etapas de desenvolvimento do mesmo caracterizam-se por avanços no contexto de detectar dificuldades, buscar e propor ações que refletem na melhoria da aprendizagem dos acadêmicos.  A implantação e validação da mesma pelo grupo de pesquisadores, na modalidade de Educação a Distância e no contexto de Educação Matemática, poderá ampliar esta análise e permitir o aperfeiçoamento da mesma na busca de proposições que viabilizem com qualidade essa modalidade de educação.

Neste trabalho constatou que é possível construir de forma cooperativa e colaborativa o material didático de uma disciplina da graduação na modalidade de EAD, no enfoque de melhoria do processo ensino-aprendizagem da disciplina. O processo de construção do material didático da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I, na modalidade de EAD, contribuiu para o enriquecimento da mesma na graduação, como afirmam os professores e acadêmicos envolvidos.

 


7        Referências

AZEVEDO, Wilson. A educação online sem ilusões. Disponível em: http://www.aquifolium.com.br/educacional/gazetarj/ . Acesso em: 03 mar 2001.

FLEMMING, Diva Marília, LUZ, Elisa Flemming,  COELHO,  Claudio. Desenvolvimento de material didático para educação a distância no contexto da educação matemática. Florianópolis : UNISUL, 2003, Disponível em http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=4abed&infoid=171&sid=105 Associação Brasileira de Educação a Distância. Acesso em: 31 mar. 2003

GEROSA, Marco Aurélio, FUKS, Hugo e LUCENA, Carlos José Pereira. Tecnologias de informação aplicadas à educação: construindo uma rede de aprendizagem usando o ambiente AulaNet. In: UFRGS. Informática na Educação: Teoria & Prática, Porto Alegre, v.4, n.2, p. 63-73, dez.2001.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1993.

OKADA, Alexandra Lilavati Pereira. Desafios para EAD: Como fazer emergir a colaboração e a cooperação em ambientes virtuais de aprendizagem. In: SILVA, Marco (Org.) Educação online: Teorias, práticas, legislação e formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003. p.273-291.

PRETI, Oreste (Org.). Educação a Distância: construindo significados. Brasília: Plano, 2000.

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes. 1994