FGV Online:
um programa de ensino para romper distâncias
Leonel Tractenberg
MSc. Design de Sistemas Educacionais e de Treinamento,
Universiteit Twente, Holanda.
Coordenador de Tutoria do FGV Online. E-mail: leonel@fgv.br
Mary Murashima
Doutora em Letras em PUC-RJ. Professora do Instituto de
Letras da UERJ e
coordenadora de equipe de produção de textos do FGV Online. E-mail: maryk@fgv.br
Resumo: o
presente trabalho descreve as diretrizes filosóficas e pedagógicas do FGV
Online – programa de ensino a distância da FGV-RJ –, o conteúdo e a estrutura
dos cursos, o papel da tutoria e do suporte no acompanhamento do corpo docente
e discente, bem como a avaliação dos cursos, com vistas ao aperfeiçoamento do
programa. Apresenta ainda alguns dados referentes à evolução do programa, desde
a sua criação.
Palavras-chave: educação a distância; gestão de EAD; ensino superior; FGV
o destino próprio, de
inventar um sujeito crítico e criativo,
dentro das circunstâncias
dadas e sempre com sentido solidário.”
Pedro Demo
1.1 Encurtando distâncias
Nas duas últimas décadas, a rápida evolução
das tecnologias da informação e da comunicação gerou vários produtos que
maximizaram a produtividade e a eficiência dos programas de ensino a distância
(EAD), principalmente aqueles assistidos por redes de computadores. A
aprendizagem on-line vem contribuindo para a consolidação de um novo
paradigma de ensino pautado na interatividade, no uso crescente de recursos
multimídia, na interação e na cooperação a distância, com vias à (re)construção
do conhecimento.
Quando falamos em ensino a distância, contudo, ainda nos preocupamos excessivamente com a mudança de paradigmas e nos debatemos contra o medo de sermos engolidos pela fenda de um novo corte epistemológico. Sublinhamos as diferenças entre a prática docente presencial e a que se exercita a distância, como se, entre uma e outra, houvesse um abismo no qual nos perderíamos de nossa experiência e identidade. Lastimamo-nos debruçados sobre os tormentos da solidão e a impossibilidade da prática pedagógica sem o contato presencial. Esquecemo-nos de que, na relação com o outro, como já dizia Sartre, estamos sempre sozinhos e de que, apesar disso – ou seria justamente por isso? –, todo contato humano é pedagógico.
Foi acreditando nessa premissa – a de que podemos, de fato, vencer espaços abertos – que surgiu o FGV Online[1], o programa de ensino a distância da Fundação Getulio Vargas (FGV), que, desde 2000, vem atendendo a estudantes de graduação e gestores de empresas públicas e privadas, por meio de seus cursos e treinamentos a distância.
No Rio de Janeiro, o Programa FGV Online tem como estratégia oferecer cursos livres e treinamentos corporativos, bem como articular, de forma complementar e opcional ao aluno, o ensino a distância aos cursos presenciais de pós-graduação, oferecidos pelo FGV Management[2] – um dos principais programas de educação continuada da FGV –, que emana da interação entre a Escola de Pós-Graduação em Economia – EPGE – e a Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas – EBAPE.
A tabela 1 oferece uma idéia da expansão do programa desde a sua criação.
Tabela 1
Ano
|
Num. Turmas
|
Num. Tutores em exercício
|
Num. de inscritos
|
2000
1 |
6 |
2 |
138 |
2001
1 |
6 |
2 |
199 |
2002 |
44 |
18 |
937 |
2003 2 |
30 |
36 |
603 |
1 Até 2001 eram ofertadas apenas as
disciplinas do curso de EAD Docência.
2 Dados referentes ao primeiro
semestre de 2003.
Acreditando que a prática docente deve
estar comprometida com a formação da competência humana para a autonomia
solidária, um processo no qual a aula – presencial ou virtual – torna-se um
expediente secundário e onde, ainda, a aula meramente reprodutiva é capaz de
assassinar a autonomia, o FGV Online sempre procurou assumir o
compromisso com a gestão da autonomia do sujeito. Nossos cursos pretendem que
nossos alunos sejam capazes de lidar crítica e criativamente com o
conhecimento, indo em direção a um processo de aprendizagem como “formação da
competência humana para viver em ambientes abertos, desenhando futuros que não
se completam.”[3]
Acreditamos que tão importante quanto a
preocupação com o conhecimento e as metodologias é a ênfase na assimilação
receptiva que o aluno deve fazer do conhecimento, além das visões valorativas
da realidade, que tingem os métodos utilizados em qualquer prática docente:
valores que se revelam no seu dia-a-dia da relação com o aluno, a partir de
diferentes características
sócio-afetivas, culturais e profissionais.
Nesse sentido, as tecnologias da
informação e os avanços da web, na
medida em que ampliam os espaços abertos e aproximam as diferenças, podem – muito
mais do que dificultar – favorecer o contato entre professores e alunos,
dispostos a investirem na busca de autonomia, nos esboços para o futuro...
Nossa prática nos mostra que nossos
cursos de graduação deslizam facilmente para o acúmulo linear de informação,
aprisionados na rigidez de currículos anacrônicos, de experiências burocráticas
e tecnicistas. É preciso acreditar que devemos esperar e oferecer mais. Em
nossos cursos de extensão para graduados, acreditamos que o aluno interessado
em saber pensar, depois de já ter experimentado os limites, deseja os desafios,
quer o esboço para o futuro... Eis porque ele pode ter muito a ganhar com o
EAD: porque nada melhor do que ele para representar a noção de aprendizagem que
tem como paradigma a passagem, a inovação, a provisoriedade: o trabalho com os
limites em nome dos desafios e com os desafios dentro de limites[4]. Para todos nós, o lucro
deve ser o de acreditarmos que nunca estaremos aptos a desenhar futuros, se
tivermos medo de percorrer distâncias.
Aprender a trabalhar de forma cooperativa e
aprender a lidar de maneira eficiente com os conflitos são habilidades
necessárias ao papel de qualquer ator social. A interação, portanto, tem espaço
privilegiado nos cursos do Programa FGV Online. Compartilhar descobertas, apoiar uns aos outros na resolução de
problemas, trabalhar cooperativamente em projetos são habilidades visadas
nesses cursos. Dessa forma, as turmas são sempre dividas em equipes de
trabalho.
Ao definir a estratégia didática de um curso, o
Programa FGV Online procura propor atividades que levem os alunos a vivenciar experiências, expô-los a
determinados tipos de situações-problema e a suas representações, a fatos /
fenômenos, teorias, conflitos, enfim, elementos catalisadores de esforços de cooperação.
Em vista disso, acreditamos também que a
avaliação torna-se um elemento fundamental em todo esse processo. E, para que
ela seja um instrumento democrático, deve-se substituir seu caráter
classificatório, imprimindo-lhe uma função formativa. Nesse sentido, no Programa FGV Online, ela é concebida
como um instrumento de compreensão do desempenho do aluno, de modo que se
possam tomar decisões adequadas ao
seu pleno desenvolvimento. Além de uma prova final presencial, nossos alunos
realizam, ao longo de todo o curso, auto-avaliações e atividades – individuais
e em equipe – que contam com o feedback não apenas da tutoria como
também dos colegas que participaram do mesmo grupo de trabalho. Desse modo, a
avaliação não será tão somente um instrumento para aprovação ou reprovação dos
alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de seu desempenho, isto é, que
permite a verificação da apropriação, ou não, de determinados conhecimentos,
habilidades e atitudes por parte do aluno ao longo de cada etapa do curso.
Os cursos livres oferecidos pelo FGV Online
são de dois tipos:
q cursos de extensão nas áreas de administração, marketing, economia, finanças, tecnologia da informação, entre outras, com duração e carga de estudo equivalente a cursos presenciais de 30 horas;
q
curso visando à preparação para
o ensino superior, denominado EAD Docência – que possui uma carga de
estudo equivalente aos cursos de 90 horas – e é constituído de duas disciplinas de cunho didático-pedagógico:
q Metodologia da Pesquisa e
q Metodologia do Ensino Superior.
Todo o conteúdo teórico, as atividades e o
material complementar dos cursos do Programa FGV Online são estruturados
e desenvolvidos por especialistas em suas respectivas áreas de conhecimento.
Além disso, todo o curso é avaliado por especialistas na área de estudos
lingüísticos e pedagógicos, que o redefinem, segundo nossa filosofia de
trabalho, e o enriquecem, com o apoio de uma equipe multidisciplinar de
produção multimídia e webdesign.
O material
didático dos cursos livres integra: um texto-base, dividido em módulos, unidades e seções; uma biblioteca multimídia
contendo textos, artigos, bibliografias, verbetes e weblinks; exercícios
de auto-avaliação e material de apoio às atividades (individuais e de equipe) ao
final de cada módulo de trabalho; e testes de conhecimento na forma de jogos ao
final do curso. Tudo isso é integrado e gerenciado por um ambiente de gestão de
aprendizagem (Learning Management System, ou LMS).
Todos os cursos são planejados de forma que sua primeira semana seja focada não no conteúdo, mas na integração da turma e na ambientação dos alunos em relação às ferramentas de software, ao processo de interação/comunicação no espaço virtual e aos procedimentos de realização das atividades.
Em cada curso, o aluno encontrará um cronograma de atividades – dispostas sempre ao final de cada módulo –, por meio do qual ele poderá planejar seus estudos e organizar-se quanto à entrega de tarefas e à participação em diferentes atividades, que incluem um fórum, com debates on-line.
Os
treinamentos corporativos, por sua vez, são feitos sob demanda e dirigidos a
público interno de empresas e universidades corporativas, podendo ser
oferecidos tanto de modo auto-instrucional, quanto com suporte de tutoria, e implementado
em qualquer LMS disponível no mercado.
Direcionar a inventividade de novos
recursos para ações efetivamente capazes de favorecer a assimilação de
conteúdos, a intuição, o saber pensar... pode ser, realmente, o desafio maior
que nos oferece o EAD. Buscamos incentivar a criatividade, mas a criatividade
necessita da espontaneidade e do risco; ela não poderia existir sem o suporte
de capacidades previamente desenvolvidas, sem a assimilação da herança
cultural: “o novo nasce do velho e o supera por incorporação.”[5]
Nossa meta e maior desafio, portanto, é a
necessidade de aprendermos a viver perigosamente, porque esse é o preço da
autonomia. A inovação provém de quem sabe valorizar as incertezas, superar-se
nos erros, saltar barreiras para começar tudo de novo... mesmo a experiência
mais antiga...
Assim, nos
cursos livres do FGV Online, o professor tutor e a equipe de suporte
(operações e help-desk) são atores-chave, que, na interação com os
alunos, fazem acontecer o processo pedagógico. A seguir descrevemos um pouco os
bastidores dessa interação.
Os
professores-tutores do FGV Online são muito mais do que meros
animadores, facilitadores ou orientadores (coaches) dos alunos. Com
apoio e supervisão da coordenação de tutoria e da equipe de suporte, são aptos
a desempenhar múltiplas funções no decorrer dos cursos, a saber:
Pedagógicas...
q
estimular
a construção e reconstrução do conhecimento pelos alunos, incentivando-os a
adotarem uma postura investigativa e crítica frente aos conhecimentos
apresentados e fenômenos observados/vivenciados;
q
estimular
a reflexão dos alunos sobre as possibilidades de aplicação consciente e
eficiente dos conhecimentos adquiridos, articulando teoria e prática, apontando
casos, exemplos e contra-exemplos, e estimulando os alunos para que discutam a
teoria com base na sua própria experiência;
q
focalizar
/ direcionar discussões, comentando, questionando, aprofundando idéias e
relacionando-as com o conteúdo disponibilizado no curso;
q
sugerir
possibilidades de aprofundamento dos conteúdos, lançando textos, artigos e cases
para discussão na sala de aula virtual;
q
utilizar
estratégias de facilitação da aprendizagem;
q
avaliar
os trabalhos e a participação dos alunos, valorizando seu esforço, estimulando
seu desenvolvimento e respeitando seus limites e seu ritmo.
Sociais...
q
assumir
uma postura proativa, indo ao encontro do aluno, ao invés de reativa, esperando
que o aluno o procure;
q
valorizar
a diversidade cultural do grupo, aproveitando a possibilidade de troca e enriquecimento
dos tópicos com as diferentes visões e problemáticas locais;
q
contribuir
para diminuir a sensação de isolamento do aluno, bem como para criação de um
ambiente de aprendizagem amigável, lúdico e estimulante, por meio de
comunicações freqüentes e de qualidade, sem formalismos excessivos e permeadas
de bom-humor;
q
encorajar
a participação individual, minimizar/administrar eventuais conflitos e promover
a colaboração entre os alunos.
Administrativas...
q
distribuir
papéis e responsabilidades nas atividades;
q
agendar
atividades;
q
esclarecer
procedimentos e regras de trabalho, tirando dúvidas sobre o curso;
q
encaminhar
problemas específicos à equipe de operações, aos help-desk e à coordenação de professor-tutoria;
q
registrar
as notas dos alunos.
Técnicas...
q
prestar
esclarecimentos, juntamente com o help-desk,
sobre uso da plataforma e ferramentas de aprendizagem, sobre a forma de
submeter trabalhos, acessar conteúdos, enviar mensagens etc.
As turmas dos
cursos livres do Programa FGV Online
possuem, em média, 15 a 35 alunos a fim de que os professores-tutores possam
prestar devido atendimento a cada aluno.
Várias experiências têm demonstrado a importância da freqüência e
rapidez nas respostas para a manutenção da motivação e participação discente[6].
Dessa forma, aos professores-tutores do FGV
Online recomenda-se evitar que os alunos fiquem “sozinhos”, aguardando uma
resposta, por mais de 3 dias na sala de aula virtual.
Com relação à
carga estimada de trabalho, para uma turma de 30 alunos, espera-se do professor-tutor
uma dedicação semanal média de 10 horas. Naturalmente, a carga de trabalho
varia em função do tempo de duração da disciplina, do tamanho da turma, da
complexidade das tarefas, das características e nível de experiência tanto dos
alunos quanto do professor em relação à dinâmica, ao ambiente e ferramentas de
EAD.
A qualidade
dos cursos online depende em grande parte da qualidade da tutoria.
Assim, a seleção, capacitação, bem como o aperfeiçoamento dos professores-tutores,
são considerados atividades estratégicas.
Na prática,
essa qualidade deve traduzir-se no domínio das disciplinas ministradas, na
capacidade de organizar e orientar didaticamente o processo de
ensino-aprendizagem a distância e na utilização das ferramentas de tecnológicas
que lhe servirão de instrumento.
Hoje, o FGV Online conta com um total de 36 professores-tutores,
sendo que 8 possuem título de doutor, 21 de mestre e 7 de especialista
(pós-graduação). A maioria possui um mínimo de 2 anos de experiência de
trabalho na área das disciplinas que ministram, bem como experiência docente.
Além disso, possuem familiaridade com as tecnologias de informação e
comunicação (como o uso de aplicativos como o MS Office, correio eletrônico,
navegação e busca na Internet etc.),
Ao serem
selecionados, os candidatos a professor-tutor participam do curso Tutorial
de Professores do FGV Online, um programa de capacitação com a duração de 1
a 2 meses, que visa oferecer uma visão geral sobre alguns dos principais
elementos da prática docente em sistemas de ensino a distância, e
instrumentalizar o docente para o exercício de regência de turmas utilizando as
ferramentas de software e ambientes de gestão de aprendizagem (LMS).
Além do estudo dos conteúdos, realização das atividades on-line,
trabalhos individuais e em equipe, fóruns de discussão e reuniões on-line (chats),
o curso prevê um encontro presencial inicial, visando esclarecer dúvidas e
apresentar o ambiente virtual; bem como um final, para avaliação da experiência.
As questões
acadêmicas são atendidas pela coordenação de tutoria, e envolvem:
q
programação
de novas turmas e agendamento das atividades do curso;
q
treinamentos
on the job no uso das ferramentas de tutoria;
q
orientações
sobre procedimentos acadêmicos, estratégias de mediação pedagógica, condução das atividades online síncronas e
assíncronas e avaliação;
q
acompanhamento
de problemas de evasão e baixa participação de alunos, esclarecimento de
dúvidas, registro de comentários, críticas e sugestões de alunos, bem como dos
próprios tutores com relação ao curso.
As questões
técnicas/tecnológicas são atendidas pelo help-desk e envolvem:
q
instalação
dos softwares necessários ao
acompanhamento das turmas, em seu equipamento pessoal e do acesso remoto à rede
FGV;
q
orientações
para acesso, navegação e utilização das ferramentas do professor para
gerenciamento de mensagens, notas etc.;
q
eventuais
alterações nas atividades, no calendário e nas equipes da turma;
q
disponibilização
de material extra para os alunos.
Todos os professores-tutores dispõem do acesso à
biblioteca da FGV e têm direito a cursar a disciplina de Metodologia de Ensino
Superior do curso de EAD Docência, que, além de agregar mais uma vivência como
aluno de EAD, oferece-lhes a oportunidade de complementar sua formação pedagógica.
Além do acompanhamento acadêmico, realizado pelos professores-tutores, o aluno do FGV Online conta com o apoio de duas equipes: a equipe de operações e o help-desk.
A equipe de operações cuida das solicitações de
natureza administrativo-financeira como informações e inscrições nos cursos, trancamento de disciplinas, montagem,
estocagem e envio de materiais didáticos, agendamento de provas presenciais,
envio de certificados e declarações.
O help-desk,
por sua vez, cuida das solicitações de
natureza técnica/tecnológica dos alunos como o acesso e navegação no
ambiente virtual, instalação e uso de softwares e dúvidas técnicas e gerais sobre os cursos.
Além da
avaliação do conteúdo, do design instrucional e dos materiais didáticos
previamente à realização dos cursos, realizada pela equipe de produção, ao
término dos mesmos, alunos e professores-tutores avaliam a qualidade e
satisfação com relação a seu conteúdo,
atividades, tutoria, interação da turma, suporte, ambiente e infra-estrutura.
A partir
dessas avaliações, dos relatórios de participação e desempenho
dos alunos e das críticas,
dos comentários e das sugestões de alunos, professores e equipes de produção e
suporte, as coordenações do FGV Online têm subsídios para revisão e
aprimoramento dos cursos, e melhoria da qualidade do programa como um todo.
Sustentada na experiência atual, a principal meta do Programa FGV Online para os próximos anos é ampliar sua oferta de treinamentos para o mercado corporativo e de cursos livres, incluindo novos cursos de curta duração e cursos de especialização, com duração de 360 horas ou mais, tais como o Curso MBA Executivo em Administração de Empresas.
Essa meta de crescimento, contudo, não pode prescindir do aprimoramento da qualidade dos cursos já existentes. Para isso, várias ações estão sendo conduzidas no âmbito tanto de sua produção, quanto de implementação, a saber:
q revisão do conteúdo e atividades dos cursos;
q upgrade dos cursos para uma nova plataforma de gestão da aprendizagem (LMS);
q recrutamento, seleção e capacitação de novos tutores;
q automação e otimização dos processos internos;
q desenvolvimento de indicadores de qualidade e desempenho para os cursos.
Hoje, com a massa crítica de informações de que o FGV Online dispõe e o volume considerável de turmas, tutores, alunos e ex-alunos, já é possível fazer estudos comparativos, qualitativos e quantitativos, mais precisos sobre a efetividade do design instrucional adotado e do processo de tutoria; analisar a evasão e participação nos cursos com vistas ao desenvolvimento de estratégias de retenção de alunos; e realizar o acompanhamento de egressos dos cursos dos anos anteriores – temas que, certamente, inspirarão trabalhos futuros.
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67-95.
[1] URL: www.fgv.br/fgvonline
[2] O FGV Management – www.fgv.br/fgvmanagement – é um programa de pós-graduação lato
sensu que, deslocando
professores do Rio de Janeiro e de São Paulo, oferece cursos de extensão e
especialização presenciais em dezenas de cidade do país, por meio de sua rede
de instituições conveniadas.
[3] DEMO, Pedro.
Introdução. In: ______. Conhecer e
aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre: ARTMED, 2000. p. 11.
[4] Cf. MORAES, O paradigma educacional emergente apud DEMO, loc. cit., p. 9.
LUCKESI, Cipriano. Assimilação
receptiva de conhecimentos, metodologias e visões de mundo. In: ______. Avaliação da aprendizagem escolar. São
Paulo: Cortez, 1999. p. 140.
[6]
ARAUJO, J. P. de. O que os aprendizes esperam dos professores na educação a
distância on-line? 2002. Disponível em: https://ead.tesouro.fazenda.gov.br/artigos.asp
. Acesso em 29 mai. 2003, passim.
[7]ALARCÃO,
I. Do Olhar supervisivo ao olhar sobre a supervisão. In: RANGEL, Mary (Org.). Supervisão pedagógica:
princípios e práticas. São Paulo: Papirus, 2001. p. 11-56.
[8]LIMA,
E. C. de. Um olhar histórico sobre a supervisão. In:
RANGEL, Mary (Org.). Supervisão pedagógica:
princípios e práticas. São Paulo: Papirus, 2001. p. 69-80.