DESENVOLVIMENTO e implantação de plataforma

DE ENSINO A DISTÂNCIA

Marcus Vinicius Grandão Barboza
CEDERJ e SEMEAR.COM

mvgbmj@vento.com.br

Cristina Haguenauer
UFRJ/LATEC

crisjh@uol.com.br

(Texto original com imagens: clique aqui)


É apresentado o processo de desenvolvimento e implantação da plataforma CEDERJ – Sistema Quantum, produto do consórcio das universidades públicas do  Estado do Rio de Janeiro, para educação a distância, cuja licença de uso será cedida gratuitamente para todas instituições Públicas do Brasil. São apresentadas as principais funcionalidades da plataforma e os módulos integrantes do sistema.
Palavras – chave: ensino a distância, ambiente virtual de aprendizagem (AVA), plataforma de ensino.

 

        I.      APRESENTAÇÃO

O CEDERJ - Centro Superior de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro é formado pelo consórcio das universidades públicas do Estado (UFRJ, UERJ, UFF, UENF, UniRio e UFRRJ).

Desde o início de suas atividades, a equipe do CEDERJ sentiu a necessidade de adotar uma plataforma de ensino a distância capaz de atender ao modelo pedagógico desenvolvido pela instituição, que pudesse ser utilizado também pelas universidades consorciadas. Esta plataforma deveria atender aos objetivos acadêmicos ao mesmo tempo que aos objetivos administrativos, ou seja, ser capaz de cuidar do processo ensino - aprendizagem virtual e também servir como instrumento de matrícula, acompanhamento e avaliação dos alunos (usuários ou não de Internet).

Para definir suas características e realizar a escolha do sistema mais adequado para o consórcio CEDERJ, montada uma comissão com representantes das universidades consorciadas, escolhidos dentre os professores especialistas nas áreas de EAD e desenvolvimento de softwares para Ensino a Distância.

Após uma ampla análise das plataformas existentes no mercado e das desenvolvidas por universidades, optou-se por agregar um sistema que já estivesse parcialmente desenvolvido, de forma a viabilizar a implementação da plataforma em tempo hábil, e atender ao rígido cronograma de lançamento dos cursos oferecidos pelo CEDERJ.

Na procura de um sistema que atendesse a parte das características básicas exigidas, e cujos responsáveis aceitassem participar de forma integrada da criação de novos módulos e facilidades para atender às demandas dos cursos ofertados, o grupo de especialistas das universidades estudou vários sistemas existentes e optou pelo sistema desenvolvido pela empresa SEMEAR.COM Consultoria e Soluções Ltda.

 

      II.      O sistema de origem: Sistema Quantum 2.0

No sistema Quantum 2.0, o professor tem condições de apresentar suas aulas para estudo on-line ou off-line, administrar seus cursos, montar questões para avaliação, orientar seus alunos utilizando ferramentas de comunicação, tais como: e-mail, chat, fórum, mural, faq (perguntas mais freqüentes), tira dúvidas, colaboração  etc

O sistema funciona em uma plataforma Windows (98, NT 4.0 ou 2000) de fácil utilização e reproduz de forma desejada o ambiente pedagógico projetado. Para tanto, ele possibilita o gerenciamento de cursos online, com ferramentas de upload de arquivos, permitindo o envio de seu conteúdo em HTML, ZIP etc.  Podendo  ser largamente customizado, atende às várias necessidades dos usuários, tais como :

-       Gerenciar e acompanhar o processo de estudo;

-       Dar atendimento individualizado;

-       Desenvolver trabalhos cooperativos;

-       Utilizar apresentações de conteúdos interativos;

-       Utilização de chats, grupo de discussão;

-       Utilizar processos síncrono e/ou assíncrono;

-       Comunicação com professores através de e-mail;

-       Disponibilização de conteúdos para download;

-       Criação de Biblioteca virtual para pesquisa;

-       Criação de turmas e vinculação professores a elas;

-       Cadastramento de professores auxiliares e tutores;

-       Ambientes de exercício e prova randômicos;

-       Agenda do curso e outros ambientes de apoio....

 

 

    III.      A plataforma CEDERJ – Sistema Quantum 3.0

 

a.    características e elementos básicos

O sistema original passou por diversas modificações para se adaptar às necessidades do consórcio CEDERJ e das universidades consorciadas. Ao sistema original foram acoplados três novos módulos: administrativo, acadêmico e o acompanhamento, as funções do Ambiente de aprendizagem foram aperfeiçoadas e ampliadas, o banco de dados do sistema foi completamente reformulado e está sendo migrado para plataforma ORACLE  no próximo ano, com maior capacidade e desempenho.

A principal característica da Plataforma CEDERJ é a abertura para configurar e adequar as várias funções e ambientes de acordo com a necessidade da Instituição. Assim, definimos que teremos três níveis principais de manipulação do sistema: as configurações de funcionalidade, a administração e a utilização.

 

Configuração

Onde serão definidas as condições e regras de funcionamento do sistema, como por exemplo, quantos personagens existirão, quais os títulos dados a eles e suas autonomias de trabalho.

 

Administração

De acordo com a responsabilidade do personagem ele terá que manipular funções e ambientes, dados e usuários dentro do sistema de acordo com definições feitas na configuração.

 

Utilização

Nesse nível é considerado o fluxo maior de ações dos personagens na utilização do sistema considerando o desenvolvimento, acompanhamento, controle e aplicação no processo de aprendizagem.

 

Elementos básicos do sistema

Para atender a flexibilidade dada ao sistema, são definidos os elementos básicos a baixo descriminados que poderão ser configurados de acordo com a necessidade na utilização do sistema.

 

Personagem

O sistema terá vários tipos e níveis de personagens, será possível dar títulos a eles e definir suas responsabilidades com relação aos outros elementos básicos do sistema (instituição, unidade de estudo, material didático, ferramentas e funções).

 

Instituição

O sistema terá um órgão central controlador que definirá a existência ou não de instituições cadastradas no sistema, os personagens e unidades de estudos estão vinculados a esse órgão ou a uma instituição no processo de estudo e certificação. Será permitida a existência de sub-classes de instituições (Pólos) vinculados ao órgão central ou a uma instituição.

 

Unidade de Estudo

O sistema terá três tipos de unidades de estudo, são elas: unidade de passagem, unidade de conteúdo e unidade de avaliação. Poderão ser cadastradas quantas categorias forem necessárias com estruturas diferentes de cursos e assim, permitindo a utilização de estruturas menores  dentro de outras. Nas unidades de estudo estarão vinculados os materiais didáticos, as ferramentas, os personagens e as instituições.

 

Material Didático

Os conteúdos vinculados a unidade de estudo serão classificados por mídia, esses materiais farão parte da midiateca com administração independente para as questões de entrada e saída (distribuição ou empréstimo) de material.

 

Ferramentas

As ferramentas serão aplicadas nas unidades de estudo e em diversas partes do sistema, poderão ser configuradas na forma de uso de acordo com as funções específicas de cada uma. O sistema estará aberto a receber novas ferramentas.

São as seguintes as ferramentas básicas desenhadas para o novo sistema:

1.      Ferramentas de interação: chat, fórum, mail, pesquisa de opinião, colaboração (arquivos ou URLs);

2.      Ferramentas de comunicação: mural, agenda, quadro de aviso;

3.      Ferramentas de informação: bibliografia, biblioteca, glossário, faq, busca (nos curso, ambiente geral etc);

4.      Ferramentas de conteúdo: objeto URL, objeto texto, objeto texto com imagens, objeto download;

5.      Ferramentas de avaliação: discursiva, múltipla escolha, palavra chave, preenchimento de lacunas, correlação, certo errado/verdadeiro falso, caça palavras, forca, palavra cruzada, trabalhos (grupo e individual), prova (on-line e impresso), exercício (on-line e impresso).

6.      Ferramentas de relatórios: relatórios de avaliação, relatórios de gestão e relatórios de acompanhamento.

 

Funções – as funções são a parte menos flexíveis do sistema, elas terão suas ações bem definidas, e na configuração será definido que o personagem terá direito de usá-las. O sistema estará aberto a receber novas funções, se assim for necessário.

 

b.    testagem e IMPLEMENTAÇãO

A Plataforma CEDERJ – sistema Quantum 3.0 vem sendo testada pelas equipes de produção e implementação de cursos do CEDERJ, desde o início do desenvolvimento de sua versão atual. Paralelamente, foram montadas três outras equipes de testagem da plataforma CEDERJ, que desenvolvem seus trabalhos concomitantemente e de forma integrada com a equipe de desenvolvimento da plataforma: as equipes de testagem do desenho lógico e do projeto físico da plataforma e a equipe de testagem do ambiente virtual de aprendizagem.

Estas equipes de testagem são ligadas ao LATEC – Laboratório de Pesquisa em Tecnologias da Informação e da Comunicação, da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A equipe do LATEC, ligada aos programas de pós graduação em Educação e em Comunicação, vem estudando Plataforma CEDERJ com o objetivo de produzir uma análise ampla de suas funcionalidades, além de discutir as metodologias de ensino mais adequadas ao uso da plataforma CEDERJ. A equipe da UFRJ conta atualmente com cerca de dez pesquisadores envolvidos com o estudo de Ambientes Virtuais de Aprendizagem e com a Plataforma CEDERJ, ligados aos programas de pós - graduação da universidade.

Com o suporte desta equipe de pesquisa, a Plataforma CEDERJ – Sistema Quantum 3.0 já está sendo adotada nos cursos desenvolvidos pelo SEAD – Sistema de Educação a Distância da UFRJ.

Após o final do desenvolvimento da Plataforma CEDERJ – Sistema Quantum 3.0, em Dezembro de 2001, será migrada para funcionar em ambiente Unix.

 

BIBLIOGRAFIA

BASTOS, C. - Aprendendo a Aprender. Introdução a Metodologia científica, Petrópolis, Vozes, 1995.

DRUCKER, P. - E-DUCAÇÃO – Exame, 690/ 14/jun/00.

LITWIN, EDITH – Tecnologia Educacional: Política, Histórias e Propostas, Porto Alegre, Artes Médicas, 1997.

MATOS, H. - Aprenda a estudar: Orientações metodológicas para o estudo, Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

FAGUNDES, Lea da  Cruz. Informática em Psicopedagogia, Ed.Senac.São Paulo 1999.

FERREIRA, Ruy.  Tutoria em Educação à distância.  Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Mestrado em Educação na UFMT, 1999

GARTON,  Laura  & HAYTHON  Carolina & WILLMAN  Bary Sociobernética e Comunicação http://www.uff.br/mestcii/analise2.htm    16/03/2001

ADONIS, Crysos.   Educación a distancia através de las redes avanzadas. Introducción.  [on line] Disponível na Internet via www.url:  http://www.doe.d5.ub.es/te/doctorado/95-96/chrysos/introduc.html.  Arquivo capturado em 14 de abril de 1998.

LOYOLLA, W.P.D.C. e PRATES, M.   Educação à Distância Mediada por Computadores (EDMC) – uma proposta pedagógica. [on line] Disponível na Internet via www.URL: http://puccamp.br/ ~edmc.html.   Capturado 12 de setembro de 1998.

BARROS, Lígia Alves; “Suporte a Ambientes Distribuídos para Aprendizagem Cooperativa”, Tese de Doutorado - COPPE - UFRJ, 1994.

BOLZAN, Regina de Fátima Fructuos de Andrade.  O Conhecimento Tecnológico e o Paradígma Educacional. Dissertação de Mestrado.  Florianópolis-SC. 1998

CAMPOS, Gilda. (2000) Vantagens do EAD. (Online) disponível em http://www.timaster.com.br/revistas/colunistas (17. Mar. 2001)

DECEMBER, John. "Education, Scholarship, and Research" - Discover The World Wide Web with your Sportster", Sams.net Publishing, USA, 1995.

GARCIA, Paulo Sergio. A Internet como nova mídia na educação, 1997 http://www.geocities.com/Athens/Delphi/2361/index.html

GONÇALVES, Maria Helena Barreto; ARRUDA, Beatriz de A. Pinheiro; SOUSA, Maria Izabel M. G. de. Formação Profissional: uma proposta para o setor de comércio e serviços. Rio de Janeiro: Senac-DN, 1995.

HARASIM, Linda; HILTZ, Starr Rxanne; TELES, Lucio e TUROFF, Murray. Learning Networks – A field guide to teaching and learning online. The Mit Press, Cambridge, Massachisetts, London, England, 1998.

NUNES, Ivônio Barros.  Nocões de Educação a Distância.

PROSSIGA. Site de Educação a Distância.

LANDER, Denis. “Online Teaching”, Royal Melbourne Institute of Tecnology, 1997. http://homepages.eu.rmit.edu.au/resdl/online.html

LANDIM, Claudia. Educação a Distância: algumas considerações. (Online) Trecho disponível em: http://www.cciencia.ufrj.br/educnet (17. Março, 2001)

LAZARTE, Leonardo. Implementação de Projetos - Internet em Educação Básica http://www.google.com.