WEB MAPS
UM GUIA PARA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM



Alexandra Lilavati Pereira Okada
Pontifícia Universidade Católica PUC-SP
ale@projeto.org.br

(Texto original com imagens: clique aqui)


O objetivo deste trabalho é investigar como webmaps (mapas na Internet) podem ser utilizados para propiciar a construção do conhecimento em ambientes virtuais de aprendizagem. A intenção é trazer contribuições para orientação de práticas pedagógicas significativas a distância.
Para a fundamentação teórica selecionamos a pirâmide informacional, a construção do conhecimento em rede e a leitura e reescrita do mundo construída pelos próprios sujeitos.
A luz desta tríade teórica, pretendemos desvelar a prática através do estudo da OFICINA a distância sobre WebMaps ministrada no Centro Virtual Interamericano de Cooperação Solidária para a Formação de Educadores da Organização dos Estados Americanos.
Neste estudo percebemos que webmaps podem ser utilizados com uma interface para compreender e orientar o percurso cognitivo do aprendiz.
Palavras-chave: co-construção - ação e reflexão - contextualização - auto-organização.


Mapa é uma fonte de comunicação, um guia que traz orientações, um instrumento para atingir algum objetivo e também facilitar a tomada de decisões.

O mapa carrega uma intencionalidade e não é um artefato neutro. É fundamental que o cartógrafo tenha claramente a finalidade e o público alvo do mapa, e também uma visão do contexto a ser mapeado e do contexto no qual o mapa será utilizado.

Muitos pesquisadores, inclusive empresas, têm voltado as suas atenções para este tema - Mapas (Machado, Martinez DDIC, Amorim Kulpas...).

"Mapear" tem sido assunto de extrema relevância no mundo atual marcado pela sociedade do conhecimento.

1 - CARTOGRAFIA COGNITIVA

Milhares de dados surgem a cada segundo tanto publicações reais (livros, revistas, jornais, trabalhos, pesquisas) quanto virtuais (Internet e Intranets). Estes dados compreendem não só textos, como também imagens, sons, enfim qualquer símbolo quantitativo ou qualitativo. Muitas vezes, nos damos conta que somos a cada momento bombardeados por uma grande quantidade de informações. Selecionar o que é relevante é o grande desafio! Articular, contextualizar e tecer tais informações é o que muitos autores (Setzer, Siqueira, Machado e outros) denominam de conhecimento. Construir e usufruir do conhecimento de modo ético-crítico, individual e social é uma questão de sabedoria (Goldim Gomes, Demo).

Muitos termos tem surgido para abordar de forma mais específica os mapas, como por exemplo, mapas conceituais (Concept Maps - Novak) , mapas da mente (MindMaps - Buzan) mapas virtuais (CyberMaps - Dodge e Kitchen) e, também mapas do pensamento, mapas de imagens e outros mais... Existem vários projetos sobre o uso de mapas no processo de ensino aprendizado... (Universidade Gama Filho , PUCRS, Mackenzie, Sousa, ...).

Por séculos os mapas cartográficos têm sido utilizados para representar o conhecimento geográfico sobre o mundo e além do mundo. Eles trazem um significado de como o mundo pode ser explicado e entendido. Considerados como poderosas ferramentas gráficas, classificam, representam e comunicam as relações espaciais servindo como ponto de referência para tomadas de decisão. Além disso, os mapas revelam valores culturais e hegemônicos, são criados num contexto histórico.

Dodge e Kitchen (2001:65) revelam que os mapas serão imprescindíveis para o ciberespaço. " Mapas bem desenhados são uma efetiva fonte de comunicação porque eles exploram as habilidades da mente para ver relações em suas estruturas físicas, permitem compreensão das complexidades do ambiente, reduz o tempo de procura e revela relações espaciais que de outra forma não seriam notadas."

Como Harley (1989) e outros afirmam, os mapas não são artefatos neutros. Para MacEachrem (1995) mapeamento é um processo de criação, de construção do conhecimento, revelam decisões que podem ser tomadas sobre o que eles incluem ou excluem, como o mapa aparece e o que o mapa quer comunicar. Segundo Harpold (1999) os mapas nunca são meramente descritivos, eles são dispositivos heurísticos que localizam informações particulares. Os mapas são embutidos de valores e julgamentos dos indivíduos que o constroem, o reflexo da cultura que eles vivem. Assim, os mapas estão situados dentro de um contexto histórico e refletem objetivos hegemônicos.

A visualização das informações foca a informação, que é freqüentemente abstrata. Em muitos casos a informação não é automaticamente mapeada para o mundo físico. Isto significa que muitas informações não têm uma representação física óbvia e natural. A chave deste problema de pesquisa é descobrir novas metáforas visuais para esta representação. (Gershon 1998:10). O ciberespaço é um espaço em fluxo. Lévy (1993:40) também coloca que " construir esquemas que abstraiam e integrem o sentido de um texto ou, de forma mais geral é uma configuração informacional complexa, é uma tarefa difícil. As representações do tipo cartográfico ganham hoje cada vez mais importância, justamente por resolver este problema de construção de esquemas(...)memória humana é estruturada de tal forma que nós compreendemos e retemos bem melhor tudo aquilo que esteja organizado de acordo com as relações espaciais ".

2 - A TRÍADE TEÓRICA

Conhecimento é muito associado com "ter" noção, informação, conhecimento, saber. Esta primeira definição citada no dicionário é melhor esclarecida na pirâmide informacional, teoria abordada por muitos autores, por exemplo, Paez (1992), Jéquier e Dedijer (1987). Na base estariam os dados, símbolos qualitativos ou quantitativos em fontes reais ou virtuais. Poderíamos imaginar sons, imagens, textos armazenados em arquivos, livros, grandes bibliotecas nacionais e mundiais na Internet ou em grandes espaços físicos. Tudo isto são dados.

Os dados só passam a ser informações quando os indivíduos atribuem um valor, um interesse, uma finalidade. E assim, passam a existir para eles, a ter um significado, uma utilidade, ter uma representação mental.

Informações seriam dados (imagens, textos ou sons) que foram selecionados, analisados e processados por alguém.

Estas só tornam-se conhecimentos quando são articuladas com outros elementos, organizadas segundo critérios e utilizadas, experimentadas, vivenciadas por alguém.

O conhecimento como redes de significados é uma das concepções epistemológicas onde as teorias e as práticas, experiências e vivências se entrelaçam em um fluxo constante de transformações.

Segundo Moraes (1999:96) "A imagem de rede, tanto do conhecimento em rede como redes de conhecimentos, pressupõe flexibilidade, plasticidade, interatividade, adaptabilidade, cooperação, parceria, apoio mútuo e auto-organização. Representa que todo conhecimento está em processo de construção e reconstrução, é um conjunto de elementos conectados entre si, e pode também chegar a representar uma nova aliança da humanidade na utilização do conhecimento para a sua própria reconstrução".

Neste fluxo, o conhecimento em rede está sendo sempre tecido, enredado, criado e recriado por um indivíduo ou por um conjunto nas suas múltiplas relações com outros. Neste processo a busca da essência, do significado, daquilo que faz e traz sentido é fundamental.

Para Machado(2000:35) "Conhecimento: a imagem da rede. Esta nos parece ser a chave para a emergência, na escola ou na pesquisa, de um trabalho verdadeiramente interdisciplinar: a idéia de que conhecer é cada vez mais conhecer o significado, de que o significado de A constrói-se por meio das múltiplas relações que podem ser estabelecidas entre A e B,C,D,E,X,T,G,K,W etc, estejam ou não as fontes de relações no âmbito da disciplina que se estuda. Insistimos: não se pode pretender conhecer A, para, então, poder-se conhecer B ou C, ou X, ou Z, mas o conhecimento de A, a construção do significado de A faz-se a partir das relações que podem ser estabelecidas entre A e B,C,X,G, e o resto do mundo".

"De modo geral, a idéia de conhecimento liga-se umbilicalmente à de significado; conhecer é cada vez mais, conhecer o significado. Em como pensamos, Dewey (1979) assinala e comenta tal relação: "Compreender é aprender a significação... Aprender a significação de uma coisa, de um acontecimento ou situação é ver a coisa em suas relações com as outras.... Contrariamente, aquilo a que chamamos coisa bruta, a coisa sem sentido para nós, é algo cujas relações não foram apreendidas."

Neste sentido, a concepção do conhecimento para Freire, é muito mais do que apreender a verdade da realidade, do que compreender fenômenos, interpretar objetos e sujeitos. A leitura e reescrita são mais do que mera identificação e representação das palavras. Saber ler é refletir sobre as palavras do outro, do mundo, de si próprio. Saber escrever é anunciar as palavras refletidas - reescrever - agir visando transformar a realidade.

O ato de conhecimento está diretamente relacionado com a consciência ético-crítica e a ação transformadora da realidade - a práxis. Este processo é coletivo e inserido num contexto. Conhecer envolve intersubjetividade, comunicação, diálogo. É através da dialogicidade que os seres humanos se educam mediados pelo mundo cognoscível, onde todos são sujeitos e devem ser ativamente envolvidos.

Freire destaca que não deve existir separação entre o sujeito do conhecimento, o ato de conhecer e o objeto a ser conhecido. O conhecimento não é algo pronto, acabado, externo e independente dos sujeitos. Ao contrário, o inacabamento e a inconclusão caracterizam o homem como ser em busca, em construção.

3- O SOFTWARE NESTOR WEB CARTOGRAPHER

O software Nestor Web Cartographer é um 'browser' que permite navegar na Internet e registrar o caminho percorrido durante a navegação através de mapas. Este software desenvolvido na França pelo pesquisador Romain Zeiliger oferece vários recursos para organização de informações, facilitando a leitura de dados da Internet e também a reescrita de novas páginas web para publicação na Internet, inclusive comunicação síncrona e assíncrona entre usuários da Internet possibilitando também a aprendizagem colaborativa.

A organização da leitura de dados da Internet pode ser realizada através dos mapas de navegação, classificação, ampliação e compactação de áreas do mapa, destaques nas páginas web, palavras-chave, inclusão de outros tipos de documentos no mapa e guia de orientação de navegação ('tour'). A organização da reescrita pode ser efetuada com editor de página web, bloco de anotações, área de transferência ('bag'), histórico de palavras-chave, agenda.

O software Nestor é gratuito e pode ser adquirido no site: http://www.gate.cnrs.fr/~zeiliger/nestor/nestor.htm

Segundo Esnault e Zeiliger (2000), "o processo de aprendizado é um caminho complexo que possibilita aprendizes se envolverem de um estágio inicial do conhecimento para um outro estágio mais "rico". Neste processo, a aquisição de informações, qualificação, classificação, armazenamento, combinação são apenas alguns passos entre muitos outros. Vários autores têm apresentado que o processo de aprendizado é intensamente enriquecido através do trabalho construtivo (aprendendo fazendo) e do trabalho colaborativo (aprendendo fazendo com os outros). O processo de aprendizado então, transforma-se numa complexa rede de trabalho entre aprendizes e professores, informações, ações e conhecimento para produzir um novo conhecimento."

Como é destacado por Harper (2000),

"A interpretação da informação não acontece apenas durante a leitura: é uma atividade que ocorre dentro de um processo. O conhecimento das coisas provém de um contexto de leitura. A leitura dos documentos da Web requer que os usuários desenvolvam um sistema específico de interpretação através dos quais possam construir o contexto durante a leitura."

Na Internet existem milhares de dados que vão se transformando, ampliando a cada segundo. Durante a leitura é fundamental que o leitor construa o seu próprio contexto articulando as informações que aparecem na web (durante uma navegação intencional ou não) para apreender o significado. Do grande universo de dados na Internet, enfatizamos que o ínfimo conjunto que aparece na tela do leitor não é informação. Muito do que o leitor vê na tela durante a navegação da Internet passa totalmente desapercebido.

Somente quando o leitor "enxerga" o dado, ou seja, vê, percebe e atribui algum valor, interesse ou finalidade, torna-se uma informação.

A navegação é um processo de tomada de decisão. Cada "clique" num "link" da tela é uma escolha feita pelo usuário. E este movimento é realizado dentro de um contexto que pode ser estabelecido inicialmente por um desafio, uma necessidade ou uma curiosidade. Entretanto, devido à própria característica do espaço virtual, estrutura hipertextual que possibilita multilinearidades, o contexto pode ser transformado durante a própria navegação.

O fato de registrar o caminho (das partes para o todo = mapa) possibilita o leitor refletir posteriormente sobre a sua trajetória (do todo para as partes). Estas duas dimensões são fundamentais para compreender, fazer as articulações, buscar a coesão, a inter-relação.

Assim, o conjunto de informações articuladas permite que novos significados sejam apreendidos possibilitando a ampliação da rede de conhecimentos deste leitor.

Segundo o autor do software, Romain Zeiliger, "o Nestor Web Cartographer foi construído baseado no princípio que o caminho individual no espaço informacional reflete e representa o contexto, e isto permite que o espaço seja personalizado conforme os interesses do indivíduo ou de um grupo."

No software Nestor, o ciberespaço pode ser não só personalizado conforme os interesses e contexto do leitor, como também ele por recriar um novo espaço decorrente deste processo.

Com o software Nestor, podemos observar num primeiro momento, o que foi considerado como "informação" através dos destaques realizados nas páginas web, os endereços relevantes que se mantiveram no mapa, os dados selecionados para área de transferência ("bag") e as palavras-chave criadas.

Todos estes elementos, organizados segundo os critérios do usuário, podem ser articulados com outros recursos deste software. No mapa, por exemplo, a representação dos elementos e conexões (a ordem do caminho navegado) pode ser alterada.

Novos "links" podem ser criados, os endereços, os documentos e outros arquivos do mapa podem ser agrupados, compactados, ampliados em novos mapas possibilitando a construção de múltiplos níveis de encadeamento das informações.

Além disso, em cada ponto podem ser registradas anotações sobre o conteúdo do tópico abordado e sobre as relações com outros pontos do mapa.

No segundo momento, podemos ver na representação gráfica do mapa, e nas anotações quais foram as articulações criadas pelo leitor com as informações que encontrou durante a navegação e com suas experiências ou seus conhecimentos prévios.

Todas as articulações e informações podem ser sintetizadas num documento criado pelo leitor, inclusive o próprio mapa de navegação pode ser inserido neste arquivo e também, publicado na Internet.

No terceiro momento, é possível identificar neste documento o que foi sintetizado pelo leitor-escritor, quais foram as interpretações, reflexões elaboradas neste processo, o que realmente ficou destas interconexões.

Todo o processo pode ser enriquecido com a troca de informações nos três momentos. No Nestor é possível enviar endereços, mapas, textos, arquivos, mensagens, e-mails, etc. Esta troca pode ser realizada tanto no modo assíncrono ( por exemplo, através co correio eletrônico) como no modo síncrono (por exemplo durante o 'chat' )

A aprendizagem colaborativa enriquece a construção do conhecimento, pois amplia o olhar, a visão, a percepção, a reflexão, a indagação de cada indivíduo. Assim, é possível trabalhar com o Nestor numa construção coletiva de um projeto coletivo, ou então, com uma rede coletiva de projetos individuais e, ou grupais.

4- ENTRELAÇANDO TEORIA E PRÁTICA

A Oficina Nestor foi realizada a distância para vinte e cinco educadores e pesquisadores. Os participantes eram de vários lugares do Brasil (Bahia, Mato Grosso, São Paulo) e também, tivemos a presença de pessoas do Peru (Lima) e da África (Moçambique).

Esta atividade foi realizada no Projeto Práxis - OEA Organização dos Estados Americanos para o Centro Virtual Interamericano de Cooperação Solidária para a Formação de Educadores.

O objetivo principal da Oficina foi conhecer o software Nestor desenvolvendo um Mapa e um texto com um assunto de interesse do educador-pesquisador em dupla.

Para isto, foi desenvolvido durante o processo um ambiente de aprendizagem com o próprio software Nestor (http://projeto.org.br/nestor) na versão português e algumas telas em espanhol com interfaces desenvolvidas através de recursos gratuitos disponíveis na Internet como, por exemplo, ForumNow: http://www.forumnow.com.br

Yahhogrupos: http://wwww.yahoogrupos.com.br

O período de duração foi dois meses. Dezenove alunos participaram do processo, e dentre eles, quatorze concluíram as atividades.

Os temas escolhidos foram:

· EAD e Ensino Superior

· EAD e ferramentas não presenciais

· EAD e ambiente virtual de aprendizagem

· Currículo no Ciberespaço

· Mapas conceituais e ambientes de aprendizagem

· Produção de texto com auxílio do computador

· Contos infantis

· Projetos educacionais infantis e juvenis

· Informática e Arte na Educação: projetos

· Tecnologia para formação de professores

· Educação Ambiental e Cidadania

· Projetos de Química e Matemática / Criatividade

· Sociabilidade, movimentos sociais

· Recoleccion de informacion y generacion de nuevos productos informativos a distancia. Derechos Humanos.

Durante a Oficina ocorreram três fases para elaboração dos mapas:

· co-construção: troca e reunião de informações sobre o mapa;

· avaliação dos trabalhos e troca de comentários entre os grupos;

· auto-organização: os mapas e textos foram elaborados como um processo que emergiu da interação, do diálogo consensual argumentativo, das ações e reflexões sobre o assunto.

As dificuldades encontradas na Oficina:

· algumas duplas não conseguiram trocar informações por tempo escasso e os trabalhos foram concluídos por uma pessoa só;

· o período de realização da Oficina (final do ano) prejudicou devido ao acúmulo de atividades pessoais e profissionais dos educadores.

Sobre as produções da Oficina, dez mapas foram elaborados e sete trabalhos foram publicados no Portal do Centro virtual Interamericano de formação solidária de Educadores da OEA (http://www.nied.unicamp.br/oea/) e também, no Community Web Cartographer na França (http://platypus.gate.ec-lyon.fr/groupware/community.htm).

Durante as discussões sobre WebMaps, reunimos como pontos relevantes para a construção de mapas: definição do tema, dos objetivos, das intenções e do público interessado. E sobre as características importantes dos mapas construídos, destacamos: a clareza, a objetividade, a facilidade, a proximidade com tema e a praticidade.

Sobre ação e reflexão em relação à concepção e à utilização de mapas reunimos alguns pontos relevantes do fórum de discussão:

· "Mapa: representação de um conhecimento em sua totalidade ou ao menos almejado por um projeto, representação de um espaço físico ou de uma idéia, considerando-se suas abrangências." Carlos.

· "Representação gráfica, bem convincente, pois pode ir além da aparência e indicar as interligações possíveis com tudo que o circunscreve." Ildacy

· "Um esquema de símbolos que estão dispostos em algum lugar (não necessariamente só no papel) instrumentos ricos para simularmos e compormos realidades." Edméa

· "Transmissão de informações sobre um contexto, forma clara, descomplicada ." Rosane

· "Reunião e organização de informações para atingir o objetivo projetado." Angela

· "Proximidade com o objeto representado." Ricardo

"Delimitação de um determinado elemento, de forma objetiva e minuciosa." Vera Elena.

· "Possibilidade de alcançar o objetivo de maneira rápida e eficaz! " Mônica
"...de usá-lo da melhor forma possível." Vera Forbeck
"...de se aprender com ele." Martha

· "Precisamos saber o porquê da construção de um mapa. A partir daí, os percursos, as relações e inter-relações ficam mesmo por conta de cada um." Ildacy
"Ser objetivo e fácil para achar o que se quer." Josevânia

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sobre os trabalhos desenvolvidos percebemos que os mapas não só expressam a forma de organização das informações colhidas, como também pode facilitar o processo de elaboração do texto.

A interatividade e dialogicidade são essenciais para o aprimoramento dos mapas. Normalmente os mapas são melhor reelaborados depois que são navegados e comentados por outros participantes.

Após esta investigação percebemos que a utilização e a aplicação dos Web Map no planejamento e elaboração de atividades para Educação a distância são diversas:

· representação gráfica para facilitar a navegação;

· fonte inicial de consulta, uma bibliografia visual;

· mapa de um ambiente de aprendizagem;

· hipertexto visual e imagético com relações entre diversos signos;

· orientação do processo cognitivo do aprendiz;

· guia de informações relevantes para facilitar a construção do conhecimento;

· articulações tecidas e reorganizadas para facilitar a elaboração de textos.

"De nada valeria desenhar mapas se não houvesse viajantes para os percorrer." Santos

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